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Os 7 economistas na lista de influentes da Bloomberg

De presidentes de bancos centrais a acadêmicos, lista da Bloomberg Markets mostra quem realmente importa para os rumos da economia global

Poder e influência (Bradly Boner/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 06h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h30.

São Paulo - Nas mãos das duas figuras acima reside o destino de boa parte da economia global. Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, e Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, são os economistas mais bem posicionados na lista de 50 pessoas mais influentes da Bloomberg Markets divulgada ontem. Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital, é o único brasileiro e aparece em 17º lugar. Yellen lidera: o timing de elevação dos juros nos Estados Unidos é o segredo mais bem guardado do mercado. A lista conta ainda com acadêmicos respeitados e que participam ativamente do debate público, seja mais à esquerda (como Paul Krugman e Thomas Piketty) ou mais à direita (como John Taylor). Veja a seguir os 7 economistas que entraram na lista:
  • 2. 1. Janet Yellen, presidente do Federal Reserve

    2 /9(Jewel Samad/AFP Photo)

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    No topo da lista está Janet Yellen , uma nova-iorquina do Brooklyn de 69 anos que se tornou a primeira mulher da história a comandar o banco central americano. Yellen está diante de uma tarefa inglória: decidir o timing da primeira alta de juros desde o corte para quase zero feito diante do colapso financeiro de 2008. "Um aceno de Yellen e uma nova era terá começado", diz a capa da Bloomberg. Para isso, ela tem de pesar expectativas de mercado e o risco de bolhas com sinais conflitantes de recuperação no emprego, inflação bem abaixo da meta e um cenário global turbulento. As últimas apostas são de uma alta em dezembro ou início de 2016.
  • 3. 14. Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu

    3 /9(Ralph Orlowski/Reuters)

  • Enquanto o banco central americano contempla o aperto da política monetária, o da Europa trabalha no sentido oposto. No começo do ano, seu presidente Mario Draghi conseguiu dobrar a resistência alemã e anunciou um programa de compra de títulos de €1,1 trilhão para combater a deflação e estimular a economia do bloco. Estamos em outubro e os dados e expectativas já demonstram melhora. É outra manobra bem-sucedida do italiano de 68 anos, que conseguiu mudar a trajetória da crise do euro em meados de 2012 ao dizer simplesmente que faria "o que for necessário".
  • 4. 20. Thomas Piketty, professor da Ecole déconomie de Paris

    4 /9(Justin Sullivan/Getty Images)

    O francês Thomas Piketty, de 44 anos, emergiu de vez na cena global com o monumental e exaustivamente pesquisado "O Capital No Século XXI". Com diagnóstico e recomendações polêmicas, a obra se tornou um bestseller mundial central para o debate sobre a escalada da desigualdade nos países desenvolvidos nas últimas décadas. Mais recentemente, Piketty passou a participar mais ativamente também da política, seja opinando sobre a crise na Grécia ("a Alemanha não tem moral para dar lições") ou assessorando partidos de esquerda como o Podemos na Espanha e o Trabalhista na Inglaterra.
  • 5. 30. Paul Krugman, professor da City University do New York Graduate Center

    5 /9(Scott Eells/Bloomberg)

    Prêmio Nobel de Economia em 2008, o americano Paul Krugman já passou por Yale, Stanford, MIT e Princeton e agora está na City University, além de manter um blog no New York Times. O americano onde opina sem medo sobre vários temas na interseção de política e economia. Os defensores da austeridade como resposta à crises são alguns dos seus alvos preferidos. Em uma entrevista recente para a revista EXAME, Krugman disse que o Brasil é menos vulnerável do que antes e tem uma crise gerenciável.
  • 6. 43. John Taylor, professor de Economia em Stanford

    6 /9(Sam Hodgson/Bloomberg)

    O economista nova-iorquino John Taylor, de 68 anos, já foi secretário-adjunto do Tesouro americano para assuntos internacionais e hoje dá aula na Universidade de Stanford. Entre suas várias contribuições para a política monetária está a criação da Regra de Taylor, uma equação que explica (e recomenda) as decisões do comitê que decide os juros nos Estados Unidos. Ele pede por um aumento na taxa desde meados de 2014 (o que ainda não ocorreu). "Espere ouvir seu nome como um possível sucessor para Janet Yellen se um republicano ganhar a Casa Branca em 2016", diz a Bloomberg.
  • 7. 46. Richard Thaler, professor da Universidade de Chicago

    7 /9(Divulgação)

    Richard Thaler "é um pouco preguiçoso, costuma procrastinar e gosta de beber": é como o economista se descreve uma reportagem recente do The Guardian. Thaler é um dos pais da economia comportamental, que usa insights da psicologia para explicar as decisões dos agentes, e lançou vários livros, entre eles o bestseller "Nudge" e o recente "Misbehaving". Atualmente, ele é presidente da Associação Econômica Americana e dá aula na Universidade de Chicago .
  • 8. 50. Ruchir Sharma, da divisão de mercados emergentes do Morgan Stanley Investment Management

    8 /9(Andrew Harrer/Bloomberg News.)

    O indiano Rushir Sharma é líder da divisão de Mercados Emergentes do Morgan Stanley Investment Management, onde gerencia US$ 25 bilhões em investimentos. No começo de 2012, ele lançou "Os Rumos da Prosperidade: em Busca dos Próximos Milagres Econômicos", uma visão crítica e cética sobre os países dos BRICS que acabaria se mostrando profética. Sharma continua participando intensamente do debate público e disse recentemente que uma nova recessão mundial pode estar nascendo na China.
  • 9 /9(Flickr/Creative Commons/ Kenneth Lu)

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