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Operações de crédito crescem em junho

Empréstimos a pessoas físicas e ao setor de serviços foram mais procurados no mês passado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h14.

O volume de crédito concedido pelas instituições financeiras em junho cresceu 0,7% em relação a maio, totalizando 658,9 bilhões de reais, segundo dados do Banco Central (BC). O valor corresponde a 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, 3,6 ponto percentual acima dos 28,8% verificados em junho de 2005. "Apesar do aumento, este volume de crédito ainda é baixo, se comparado a outros países como Chile (70% do PIB) e Estados Unidos (146% do PIB)", destaca nota da Febraban, instituição que representa os bancos.

De acordo com o BC, resultado no Brasil é decorrente da expansão dos financiamentos com recursos domésticos, já que as operações em moeda estrangeira caíram devido à valorização do câmbio no último mês. As pessoas físicas e o setor de serviços, foram os que mais buscaram empréstimos em junho.

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Os créditos com recursos livres corresponderam a 67,9% do total emprestado no período e totalizaram 447,2 bilhões de reais, 0,8% a mais que em maio e 25,5% superior ao registrado em junho de 2005. Desse total, quase metade - 214,2 bilhões de reais - foi direcionado ao crédito para pessoas físicas, valor 0,8% maior que no mês anterior. A carteira de pessoa jurídica ficou em 233 bilhões de reais, 0,9% a mais que em maio.

Para a Febrabran, apesar do baixo volume de crédito no país, os recursos destinados aos consumidores não diferem muito do Chile, que está sendo apontado como exemplo para a América Latina. No Brasil, o crédito ao consumidor (cheque especial, crédito pessoal, crédito consignado, crédito direto ao consumidor, cartão de crédito, leasing e financiamentos a pessoas físicas) corresponderam, em junho, a 10,5% do PIB, enquanto que no Chile esse percentual foi de 12% e, nos Estados Unidos, de 20%.

As operações com recursos direcionados também cresceram, somando 211,7 bilhões em junho, alta de 0,4% no mês e de 14,4% nos últimos 12 meses. De acordo com o Banco Central, o resultado reflete a expansão de 2,2% nos financiamentos imobiliários.

BNDES

Os repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no entanto, caíram para 18,3 bilhões de reais no primeiro semestre do ano, 8,6% a menos que no mesmo período de 2005. A redução, segundo o BC, deve-se à queda de 15,9% nas operações destinadas à indústria, que somaram 8,8 bilhões de reais, reflexo, principalmente, da diminuição dos financiamentos à exportação. O setor de agropecuária também buscou 20,7% menos crédito este ano, tomando apenas 1,8 bilhão emprestado.

Em compensação, o comércio, incluindo serviços, pediu 5,4% a mais de crédito no primeiro semestre de 2006, chegando a 7,7 bilhões de reais.

Juros

A taxa média de juros recuou pelo quarto mês consecutivo, atingindo 43,2% em junho - uma redução de 0,6 ponto percentual sobre maio. O custo médio dos empréstimos para pessoas físicas caiu 0,3 ponto na comparação, para 55,8%. Já a taxa média para pessoas jurídicas foi reduzida em 0,9 ponto e ficou em 28,8% - a menor desde agosto de 2004.

A inadimplência também caiu. De acordo com o BC, a carteira de crédito registrou inadimplência de 4,6% no mês passado - considerando-se atrasos de pagamento superiores a 90 dias. O percentual é 0,3 ponto menor que o de maio. As pessoas físicas apresentam a maior taxa de atraso - 7,2% -, ante 2,3% das empresas.

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