Economia

Opep faz último apelo para salvar acordo com tensões crescentes

Especialistas começaram a reunião em Viena e devem fazer recomendações aos seus ministros sobre como exatamente a Opep deveria reduzir a produção

Opep: os ministros de Petróleo da Argélia e da Venezuela deverão viajar a Moscou nesta segunda e na terça em uma tentativa final para convencer a Rússia a fazer parte dos cortes (Joe Klamar/AFP)

Opep: os ministros de Petróleo da Argélia e da Venezuela deverão viajar a Moscou nesta segunda e na terça em uma tentativa final para convencer a Rússia a fazer parte dos cortes (Joe Klamar/AFP)

R

Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 16h13.

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tentava nesta segunda-feira resgatar um acordo para limitar a produção de petróleo à medida que as tensões entre o grupo produtor e a Rússia cresciam, com a Arábia Saudita, maior exportadora, dizendo que os mercados deverão voltar ao equilíbrio mesmo sem um acordo.

Especialistas da Opep começaram a reunião em Viena às 6:00 (horário de Brasília) e devem fazer recomendações aos seus ministros sobre como exatamente a Opep deveria reduzir a produção quando o grupo se reunir em 30 de novembro.

Enquanto isso, os ministros de Petróleo da Argélia e da Venezuela deverão viajar a Moscou nesta segunda-feira e na terça-feira em uma tentativa final para convencer a Rússia a fazer parte dos cortes ao invés de meramente congelar a produção, que atingiu novas máximas no último ano.

Em setembro, a Opep, que responde por um terço da produção global de petróleo, chegou a acordo para limitar a produção em cerca de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia ante os atuais 33,64 milhões de barris por dia para impulsionar os preços do petróleo, que caíram mais da metade desde meados de 2014.

A reunião de 30 de novembro seria para aprovar o acordo, com a Rússia e outros produtores de fora da Opep, como o Azerbaidjão e o Cazaquistão também contribuindo.

Mas dúvidas surgiram nas últimas semanas à medida que os segundo e terceiro maiores produtores da Opep, Iraque e Irã, manifestaram preocupações sobre o funcionamento das reduções de produção e a Arábia Saudita expressou preocupação sobre a disposição da Rússia em cortar produção.

Dúvidas sobre a habilidade da Opep de entregar os cortes prometidos derrubaram o petróleo Brent 2 por cento inicialmente nesta segunda-feira, para menos de 47 dólares por barril.

Mais tarde, os preços se recuperaram para subir mais de 2 por cento após o ministro iraquiano dizer que permanecia otimista.

Alguns analistas, incluindo Morgan Stanley e Macquarie, disseram que os preços do petróleo vão ter uma correção acentuada se a Opep falhar em fechar o acordo, potencialmente caindo até 35 dólares por barril.

 

Acompanhe tudo sobre:OpepPreços

Mais de Economia

Novos dados aumentam confiança do Fed em desaceleração da inflação, diz Powell

Lula pede solução de contradições de europeus para acordo com Mercosul

Crescimento econômico da China desaponta e pressiona Xi Jinping

Prévia do PIB: IBC-Br sobe 0,25% em maio, após estabilidade em abril

Mais na Exame