Economia

Open Banking entra em vigor entre 2021 e 2022, diz diretor do BC

A estrutura regulatória do projeto está pronta e, de acordo com Otávio Damaso, o Banco Central vai abri-lo para consulta pública muito em breve

Banco Central: instituição monetária prepara lançamento do Open Banking (//Getty Images)

Banco Central: instituição monetária prepara lançamento do Open Banking (//Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 14h31.

São Paulo — O diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, disse nesta sexta-feira, 18, que o Open Banking entrará em vigor entre 2021 e 2022. O Open Banking é uma ferramenta que permite o compartilhamento de informações de clientes entre os bancos.

O arcabouço regulatório do Open Banking está pronto e, de acordo com Damaso, o BC vai abri-lo para consulta pública muito em breve.

Segundo o diretor, que participou nesta manhã do XIV Congresso Brasileiro de Fomento Comercial, organizado pela Associação Nacional de Fomento Comercial (Anfac), a adesão do cliente ao Open Banking será uma opção do cliente. Ou seja, o cliente não será obrigado a aderir ao Open Banking.

Inovação financeira

Damaso reforçou que a instituição entrou na jornada da inovação do sistema financeiro por terpercebido alguns "gaps" no sistema, como a pouca oferta de crédito para as pequenas empresas.

A instituição, de acordo com ele, entendeu que por meio da inovação a entrada de novos agentes no mercado de crédito seria facilitada.Com o surgimento de novas empresas no segmento financeiro, especialmente no de crédito, a autoridade monetária providenciou o arcabouço regulatório para a atividade desses novos agentes.

Para Damaso, daqui para frente, a atenção do BC sobre inovações tecnológicas estará voltada para a inteligência artificial, que vai trazer uma "capacidade enorme de processamento de informações" para o setor financeiro.

Na sequência, a atenção do BC vai recair sobre a adoção da tecnologia 5G. Para Damaso, o mercado financeiro terá que se adaptar aos padrões da "Internet das Coisas", o que demandará novas regulações.

O diretor do BC também voltou a reiterar a capacidade do pagamento instantâneo na mudança das relações dos clientes com seus bancos.

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