Economia

ONU e BM lançam plano de US$ 10 bilhões para educação global

Cerca de 260 milhões de crianças em todo o mundo não vão à escola, incluindo 10 milhões que são refugiados

Crianças: Em sua agenda de desenvolvimento global, a ONU estabeleceu o objetivo de fornecer educação primária e secundária a todas as crianças até 2030. (Katie Arnold/Reuters)

Crianças: Em sua agenda de desenvolvimento global, a ONU estabeleceu o objetivo de fornecer educação primária e secundária a todas as crianças até 2030. (Katie Arnold/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2018 às 22h34.

Última atualização em 11 de maio de 2018 às 22h35.

A ONU se uniu nesta sexta-feira ao Banco Mundial e a outras quatro entidades bancárias em um plano para promover o financiamento da educação em 10 bilhões de dólares, quando novos dados mostram uma brecha cada vez mais ampla no acesso às escolas.

Cerca de 260 milhões de crianças em todo o mundo não vão à escola, incluindo 10 milhões que são refugiados, segundo uma comissão criada em 2015 para promover o investimento em educação.

Se esta tendência continuar, metade das crianças do mundo - 400 milhões - não terá educação depois dos 11 anos em 2030, disse o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, atual enviado da ONU para a Educação Mundial.

"A maior divisão no mundo de hoje é entre metade de nosso futuro que será educado e a outra metade que ficará atrás", disse Brown em uma conferência de imprensa na sede das Nações Unidas em Nova York.

Em sua agenda de desenvolvimento global, a ONU estabeleceu o objetivo de fornecer educação primária e secundária a todas as crianças até 2030.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que se está "longe de alcançar a quantidade necessária de fundos" para apoiar a educação nos países mais pobres.

A comissão de educação está em negociação com 20 países doadores para contribuir com a nova Facilitação Financeira Internacional para a Educação, que tem como objetivo gerar 20 milhões de vagas nas escolas.

O financiamento estaria ligado a reformas nos países, que deverão ampliar o acesso às escolas e comprometer mais recursos próprios para a educação.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento apoiam a iniciativa.

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