Economia

Reservatórios no SE/CO podem atingir 36,1% em junho

Segundo ONS, previsão é de chuva na região Sul e de chuva fraca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste para o restante de junho


	Seca no reservatório da usina hidrelétrica de Itumbiara, na fronteira entre Goiás e Minas Gerais
 (REUTERS / Ueslei Marcelino)

Seca no reservatório da usina hidrelétrica de Itumbiara, na fronteira entre Goiás e Minas Gerais (REUTERS / Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 13h17.

Rio - A previsão das condições atmosféricas para o restante do mês de junho é de chuva na região Sul e de chuva fraca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, informou Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A expectativa é de que, neste mês, o nível dos reservatórios seja de 36,1% no Sudeste/Centro-Oeste, onde estão instaladas as principais usinas.

Este porcentual consta do mais recente boletim Programa Mensal de Operação Eletroenergética (PMO), e leva em conta ajustes na política de operação do sistema. Sem esse ajustes, o nível esperado pelo ONS para o fim do mês é de 35%.

A partir de setembro, por causa do fenômeno El Niño, a previsão é de chuvas acima da média no Sul; na média, no Sudeste e Centro-Oeste; e abaixo da média, no Nordeste.

Já no fim de novembro, os reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste devem chegar a 18,5%, volume inferior ao da série histórica.

Para 2015, para evitar um racionamento, será preciso que o volume de chuva seja de 77% da média histórica e de 81% se a escolha for por desligar as térmicas mais caras, o que levará o nível dos reservatórios a 10%.

A avaliação de Chipp, no entanto, é de que "2015 é muito incerto, porque, a cada período úmido, a imprevisibilidade é muito grande".

Em sua palestra durante IV Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mais uma vez, o diretor-geral do ONS reiterou a necessidade de utilização das usinas térmicas para garantir o abastecimento em 2014 e 2015.

Risco de racionamento

No mesmo evento, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermman, descartou risco de racionamento no País, apesar dos baixos níveis de reservatórios.

Segundo ele, o "sistema está equilibrado" e as decisões sobre racionamento são tomadas pela "expertise técnica" do setor.

"Fazer racionamento sem necessidade cria uma consequência de PIB que se reflete na sociedade pesadamente. Não fazer racionamento, havendo necessidade, também cria impacto. A posição mais correta que tem sido adotada é em cima da técnica e expertise das áreas de operação", afirmou Zimmermman.

O secretário-executivo também garantiu que o sistema de abastecimento energético está equilibrado.

"Em 2001, não estávamos equilibrado, o que nos levou ao racionamento. Faltou usina, faltou reservatório. Hoje não temos essa situação, o sistema está equilibrado estruturalmente".

Zimmermman avaliou ainda que a perspectiva é de melhora no sistema com a entrada em operação de novos sistemas na amazônia.

"O setor elétrico tentou fazer Belo Monte, mas não conseguia. Quando você tem visão estratégica e olha na frente e vê que o Pais precisa, você consegue investir nisso, sem canibalizar nenhum inventário da região", afirmou.

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