Economia

Comitê fará monitoramento de grandes projetos, diz ONS

A atividade teve início em reunião realizada nessa quarta-feira, 3, a qual abordou a situação da usina Teles Pires


	Teles Pires: descasamento de cronogramas envolvendo a usina se tornou um desafio a ser superado
 (Divulgação)

Teles Pires: descasamento de cronogramas envolvendo a usina se tornou um desafio a ser superado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 14h29.

São Paulo - O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) passará a fazer acompanhamento constante em relação ao andamento dos projetos estratégicos do setor.

A atividade teve início em reunião realizada nessa quarta-feira, 3, a qual abordou a situação da usina Teles Pires.

Localizada no rio Teles Pires, afluente do rio Tapajós, a hidrelétrica deve estar pronta para colocar a primeira turbina em operação em janeiro de 2015.

A linha de transmissão responsável por escoar essa energia, porém, deve operar somente a partir do mês de abril.

A usina, assim como já ocorreu com outros grandes projetos energéticos, enfrentou uma série de problemas, incluindo a concessão de licenciamento ambiental e questões fundiárias.

Chipp havia destacado pouco antes que há uma preocupação em relação à busca de alternativas para superar tais entraves.

Órgãos federais, como o Ibama, por exemplo, contribuem para dificultar o cumprimento do cronograma de alguns projetos.

"O comitê vai acompanhar as obras, e entrar na solução. Haverá o acionamento, a quem de direito, para solucionar a situação", afirmou Chipp, que participou nesta quinta-feira do Fórum Abastecimento 2015 - Cenários e Projeções, promovido pelo Grupo CanalEnergia, em São Paulo.

O descasamento de cronogramas envolvendo o Teles Pires em um período marcado pela falta de chuvas e dificuldade de operação de hidrelétricas se tornou um desafio a ser superado por órgãos ligados ao governo federal.

Por isso, são estudadas também alternativas para mitigar a situação do ponto de vista operacional, revelou Chipp.

"Quando não se consegue colocar o sistema como previamente concebido, trabalhamos com planos B e C. Ou seja, entrar com parte do sistema para escoar o que for possível. Podemos colocar linhas novas, preliminarmente, de forma a conectar a uma subestação existente para poder escoar parte (da capacidade de geração)", disse o diretor do ONS.

A geração e escoamento de energia do Teles Pires é considerada uma das questões centrais para garantir o abastecimento de energia no Brasil em 2015, ano que continuará marcado pela necessidade de acionamento das térmicas.

O complexo do Madeira, com as usinas Santo Antônio e Jirau, também é considerado fundamental, mas neste caso Chipp não demonstra preocupações em relação a cronogramas.

"A transmissão do bipolo já está operando a plena carga e colocaremos o segundo bipolo entre março e abril", destacou o executivo.

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