Economia

Ônibus elétricos e reforma do IR são as prioridades da fazenda em 2024, segundo Haddad

O envio ao Congresso da regulamentação da Reforma Tributária e mudanças na Reforma da Renda também foram mencionados por Haddad como prioridades do governo no Congresso

Haddad também mostrou a Lula e aos ministros presentes bons números da economia que saíram em janeiro (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)

Haddad também mostrou a Lula e aos ministros presentes bons números da economia que saíram em janeiro (Ton Molina/NurPhoto/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de março de 2024 às 17h25.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 18h54.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluiu entre as prioridades de sua pasta em 2024 programas para a produção nacional de ônibus elétricos, o incentivo a compras públicas com conteúdo nacional e a estruturação do Fundo Nacional de Florestas. A lista consta em apresentação levada por Haddad à reunião ministerial no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O envio ao Congresso da regulamentação da Reforma Tributária e mudanças na Reforma da Renda também foram mencionados por Haddad como prioridades do governo no Congresso.

Ele também citou que terão relevância, nas relações com o Legislativo, a proteção cambial para investimentos em transformação ecológica; o pacote de crédito, com o Desenrola para pequenas empresas e microcrédito para inscritos no CadUnico; a possibilidade de empréstimo consignado no e-social; a revisão das dívidas estaduais e a tributação especial para construção de empreendimentos para baixa renda.

Economia em crescimento

Haddad também mostrou a Lula e aos ministros presentes bons números da economia que saíram em janeiro. Falou sobre a abertura de 180,4 mil postos formais de trabalho, o crescimento de R$ 3.100 em dezembro de 2023 para R$ 3.118 em janeiro da renda real do trabalho e o superávit primário (descontado o pagamento de juros) de R$ 79,4 bilhões.

Ele ainda ressaltou o aumento de 2,5% das vendas no varejo, a expansão de 07% do setor de serviços e alta de 21% na comercialização de veículos. Citou, ainda, o que chamou de "boa repercussão", no G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), da proposta de taxação dos super ricos.

"Quando a política econômica do governo é consistente, pragmática e responsável, não são as expectativas de mercado que a guiam, é ela que guia as expectativas do mercado", diz um trecho de uma apresentação divulgada pelo ministro ao longo da reunião que teve, entre outros fins, discutir a queda da popularidade do presidente Lula.

O ministro também elencou como relevantes para o ano os projetos de reforço à transição energética e à descarbonização. São eles o projeto que cria o Mercado de Carbono; a medida provisória do Programa Mover, que dá incentivo fiscal a empresas automobilísticas que investem em veículos sustentáveis; o projeto de Combustíveis do Futuro; o que trata de Hidrogênio de Baixo Carbono; e o projeto sobre energia eólica no mar.

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