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OMS cria fundo para resposta imediata à emergências

O fundo de contingência de US$ 100 milhões para responder com rapidez às emergências sanitárias

Centro de tratamento do ebola em Conakry: a OMS foi questionada durante o surto de ebola por causa da resposta lenta; críticos dizem que a doença ficou fora de controle por vários meses (Cellou Binani/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 15h37.

Genebra - A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde ( OMS ), Margaret Chan, anunciou nesta segunda-feira a criação de um fundo de contingência de US$ 100 milhões para responder com rapidez às emergências sanitárias que possam surgir no futuro.

O anúncio foi feito durante a assembleia geral do órgão, aberta pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que pediu à OMS para preparar um plano para enfrentar de forma eficiente os surtos de doenças e outras crises de saúde pública, citando os problemas no combate ao ebola no oeste da África.

"A OMS estava sobrecarregada, como também estava todo o resto (as organizações de ajuda). Os requerimentos foram dez vezes maiores aos experimentados pelo órgão em seus cerca de 70 anos de história", admitiu Chan em seu discurso.

A diretora-geral antecipou que dará prioridades às mudanças que envolvem operações de emergência, especialmente as que esclareçam as linhas de comando e controle em uma organização que cresceu de forma descentralizada.

"Precisamos de um mecanismo descentralizado para que estejamos perto do povo, mas o desafio é a coordenação, que a informação flua de cima para baixo e vice-versa", explicou, revelando que a OMS terá um programa único para emergências.

Para isso, o objetivo é contar com um fundo de US$ 100 milhões, a ser estabelecido até o fim deste ano e financiado por contribuições voluntárias, para garantir a mobilização imediata de recursos para combater urgências em todo mundo.

"Todas as doenças em um novo contexto apresentarão surpresas. Subestimamos a complexidade dos três países afetados pelo ebola, onde praticamente não havia nada, com um médico para cada 100 mil habitantes e hospitais sem eletricidade", afirmou a diretora-geral.

Mais de 11 mil pessoas morreram em função do ebola entre os 26 mil casos registrados na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Uma dificuldade extra à falta de recursos materiais e humanos para combater o ebola foi o contexto local. Todos os países tinham passado por conflitos internos e "não existia o tipo de confiança necessário para mobilizar as comunidades", destacou Chan.

A OMS foi questionada durante o surto de ebola por causa da resposta lenta. Os críticos dizem que a doença ficou fora de controle por vários meses. Apesar disso, a diretora-geral garantiu hoje que nunca pensou em renunciar ao cargo.

"Um líder responsável precisa aprender as lições e fazer as mudanças corretas", defendeu.

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Genebra - A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde ( OMS ), Margaret Chan, anunciou nesta segunda-feira a criação de um fundo de contingência de US$ 100 milhões para responder com rapidez às emergências sanitárias que possam surgir no futuro.

O anúncio foi feito durante a assembleia geral do órgão, aberta pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que pediu à OMS para preparar um plano para enfrentar de forma eficiente os surtos de doenças e outras crises de saúde pública, citando os problemas no combate ao ebola no oeste da África.

"A OMS estava sobrecarregada, como também estava todo o resto (as organizações de ajuda). Os requerimentos foram dez vezes maiores aos experimentados pelo órgão em seus cerca de 70 anos de história", admitiu Chan em seu discurso.

A diretora-geral antecipou que dará prioridades às mudanças que envolvem operações de emergência, especialmente as que esclareçam as linhas de comando e controle em uma organização que cresceu de forma descentralizada.

"Precisamos de um mecanismo descentralizado para que estejamos perto do povo, mas o desafio é a coordenação, que a informação flua de cima para baixo e vice-versa", explicou, revelando que a OMS terá um programa único para emergências.

Para isso, o objetivo é contar com um fundo de US$ 100 milhões, a ser estabelecido até o fim deste ano e financiado por contribuições voluntárias, para garantir a mobilização imediata de recursos para combater urgências em todo mundo.

"Todas as doenças em um novo contexto apresentarão surpresas. Subestimamos a complexidade dos três países afetados pelo ebola, onde praticamente não havia nada, com um médico para cada 100 mil habitantes e hospitais sem eletricidade", afirmou a diretora-geral.

Mais de 11 mil pessoas morreram em função do ebola entre os 26 mil casos registrados na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Uma dificuldade extra à falta de recursos materiais e humanos para combater o ebola foi o contexto local. Todos os países tinham passado por conflitos internos e "não existia o tipo de confiança necessário para mobilizar as comunidades", destacou Chan.

A OMS foi questionada durante o surto de ebola por causa da resposta lenta. Os críticos dizem que a doença ficou fora de controle por vários meses. Apesar disso, a diretora-geral garantiu hoje que nunca pensou em renunciar ao cargo.

"Um líder responsável precisa aprender as lições e fazer as mudanças corretas", defendeu.

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