Economia

OMS cita Brasil como exemplo de combate a desigualdade social

Organização defende investimentos nas áreas de educação e emprego para resolver o problema

Escola pública do Rio Grande do Sul: Brasil ganhou elogios da OMS (Lailson Santos/EXAME.com)

Escola pública do Rio Grande do Sul: Brasil ganhou elogios da OMS (Lailson Santos/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 16h59.

Rio de Janeiro – Representantes de 120 países – entre os quais 60 ministros – participam de hoje (19) até sexta-feira (21), no Rio de Janeiro, da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Eles vão discutir os efeitos dos investimentos sociais na área da saúde pública. Em entrevista coletiva pouco antes da abertura do evento, a diretora-geral da OMS, Margaret Cha, elogiou o Brasil, citando-o como exemplo de país que está fazendo investimentos para buscar a redução das desigualdades sociais.

De acordo com Margaret, os países precisam ampliar políticas em áreas como educação, emprego e redução das desigualdades para melhorar a saúde das populações. Segundo a diretora-geral da OMS, no atual momento, em que o mundo passa por uma crise econômico, é importante que governos mantenham investimentos sociais.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância de o Brasil sediar o evento, que é a maior conferência da OMS nos últimos 30 anos. Segundo ele, o país tem uma tradição de compromisso com a saúde, que vem desde a Constituição de 1988, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Padilha disse que, nos últimos anos, os investimentos do governo brasileiro na área social, como saneamento, habitação e combate a fome, contribuíram para a melhoria de indicadores de saúde. Como exemplo, o ministro citou a redução dos índices de tuberculose no país, provocada pela redução da pobreza e pela política habitacional adotada pelo governo.

O ministro também comentou o Atlas de Saneamento 2011, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento mostra que ainda há muitos municípios sem saneamento adequado no país. “O saneamento já é uma questão prioritária no Brasil. Avançamos nos últimos anos e certamente esses números serão melhores com as ações do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] 1 e do PAC 2, porque são dados de 2008. Para nós é fundamental a ampliação dos serviços de saneamento.”

Em relação à dengue, Padilha disse que o governo federal tem orientado estados e municípios a começar a se preparar para o próximo verão, período em que ocorrem as epidemias da doença no país. Segundo ele, é importante que os governos locais comecem a identificar residências com focos do mosquito, a planejar campanhas educativas e a preparar seus serviços de saúde. Segundo ele, o Ministério da Saúde poderá ampliar em até 20% os recursos para municípios que cumpram as metas estabelecidas pelo governo federal, de acordo com política lançada no último mês.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilPobrezaSaúde

Mais de Economia

Por que os recordes de arrecadação do governo Lula não animam mais o mercado?

Conta de luz vai aumentar em julho após Aneel acionar bandeira amarela; veja valores

Inflação nos EUA cai ligeiramente em maio a 2,6% interanual, segundo índice PCE

Desemprego cai para 7,1% em maio, menor taxa para o mês desde 2014

Mais na Exame