Economia

OMC: acordo sobre Doha depende de Brasil, Índia e China

Genebra - Um acordo sobre a liberalização do comércio no âmbito da Rodada de Doha depende, agora, das grandes economias emergentes como Índia, China e Brasil, disse, nesta segunda-feira, o novo embaixador na OMC, Michael Punke. "A questão é muito simples: se as economias em avanço, como a China, a Índia ou o Brasil, estiverem […]

Lula, Hu Jintao e Manmohan Singh: Brasil, China e Índia definirão Rodada de Doha (.)

Lula, Hu Jintao e Manmohan Singh: Brasil, China e Índia definirão Rodada de Doha (.)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2010 às 18h26.

Genebra - Um acordo sobre a liberalização do comércio no âmbito da Rodada de Doha depende, agora, das grandes economias emergentes como Índia, China e Brasil, disse, nesta segunda-feira, o novo embaixador na OMC, Michael Punke.

"A questão é muito simples: se as economias em avanço, como a China, a Índia ou o Brasil, estiverem prontas para se responsabilizar e dirigir (as negociações), então, teremos um acordo", explicou ele durante um encontro com a imprensa.

Punke, que recentemente chegou à Genebra depois de sua designação pelo governo Barack Obama, se diz "frustrado" por descobrir que os inúmeros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) jogam a responsabilidade da paralisia das negociações para os Estados Unidos, na rodada de 2001 na capital do Qatar.

"Frequentemente, as pessoas que não querem mais negociar usam os EUA como desculpa", declarou.

Algumas economias emergentes, também, segundo ele, ignoram os pedidos e o posicionamento dos americanos, mas "os Estados Unidos sempre foram claros (...) não há mistério algum" sobre suas expectativas.

O jovem embaixador que passou pelos serviços de Representação no Comércio Internacional (USTR) assegurou que ele estaria em Genebra para negociar "com o apoio total de (seu) governo".

Entretanto, relembrou que do ponto de vista americano, a "rodada é atualmente desequilibrada" e precisa ser melhorada. Ele apontou particularmente o dedo para os países emergentes, que se tornaram os principais atores econômicos nesses últimos anos e que devem, a partir de agora, se esforçar mais, principalmente sobre o acesso de produtos industrializados.

"Não é correto dizer que a China está no mesmo nível do Chade", insistiu Punke.

O embaixador estima que será necessário intensificar os encontros bilaterais, ou em pequenos grupos, sob um viés mais formal do que aquele que está sendo atualmente utilizado, para proceder as negociações de maneira mais eficaz.

Existem "diferenças significativas" entre os posicionamentos, "o processo (das negociações) será difícil, mas se me perguntarem se chegaremos a um acordo, direi que sim", concluiu sem, no entanto, se pronunciar em detalhes sobre prazos.

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