Economia

Oferta da Grécia a credores provoca indignação em Atenas

Parlamentares do Syriza mostraram indignação com as ofertas de premiê de aumentar impostos, assim como as contribuições relativas a previdência e saúde


	Premiê grego, Alexis Tsipras: parlamentares do Syriza mostraram indignação com as ofertas de Tsipras de aumentar uma série de impostos
 (REUTERS/Paul Hanna)

Premiê grego, Alexis Tsipras: parlamentares do Syriza mostraram indignação com as ofertas de Tsipras de aumentar uma série de impostos (REUTERS/Paul Hanna)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 11h37.

Atenas - Parlamentares gregos reagiram com indignação nesta terça-feira às concessões que Atenas ofereceu nas negociações da dívida e o vice-presidente do Parlamento alertou que as propostas podem ser rejeitadas, afetando o otimismo de que um acordo para tirar a Grécia do abismo possa ser selado rapidamente.

Líderes da zona do euro consideraram as novas propostas orçamentárias de Atenas na segunda-feira como uma base para mais negociações para liberar bilhões de euros em ajuda congelada e evitar um default que poderia provocar a saída da Grécia do bloco de moeda única.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que foi eleito para o cargo em janeiro com a promessa de reverter anos de austeridade em um país golpeado pela recessão, precisa manter ao seu lado seu partido esquerdista Syriza, bem como seus credores, para que o acordo tenha suporte.

Parlamentares do Syriza mostraram indignação com as ofertas de Tsipras de aumentar uma série de impostos, assim como as contribuições relativas a previdência e saúde, que ameaçam aumentar ainda mais as dificuldades dos gregos que ainda recuperam de rodadas anteriores de austeridade.

"Acredito que este programa como o vemos... será difícil de passar por nós", disse o vice-presidente do Parlamento e membro do Syriza, Alexis Mitropoulos, à rede grega Mega TV.

"O primeiro-ministro antes tem que informar nosso povo sobre porquê falhamos na negociação e terminamos com esse resultado", disse ele. "Acredito (que as medidas) não estão em linha com os princípios da esquerda. Essa carnificina social...eles não podem aceitar isso."

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