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Odebrecht queria acordo sem pagar indenização, diz Equador

A construtora é acusada de pagar subornos milionários em troca de obras em países da América Latina e da África

Odebrecht: dirigentes da empresa admitiram ter entregue a funcionários públicos equatorianos subornos de US$ 33,5 milhões (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2017 às 21h50.

Quito - A construtora brasileira Odebrecht , acusada de pagar subornos milionários em troca de obras em países da América Latina e da África, pretendia chegar a um acordo com o Equador sem entregar informações sobre as ilegalidades nem pagar indenização.

Segundo a promotoria equatoriana, o Estado ainda teria de admitir que firmou contratos que cumpriram com todas as normas internas.

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Em comunicado, a promotoria disse que essas demandas foram formuladas e rechaçadas de imediato em um encontro realizado em Washington entre 22 e 23 de março entre o procurador-geral, Galo Chiriboga, o procurador-geral do Estado, Diego García, e representantes e advogados da Odebrecht.

Dirigentes da Odebrecht admitiram ter entregue a funcionários públicos equatorianos subornos de US$ 33,5 milhões.

A nota equatoriana diz que o Estado do país busca obter informação necessária para "perseguir os responsáveis por qualquer ato de corrupção nos contratos da Odebrecht no Equador, além de um acordo de reparação integral indenizatória, pelos danos gerados pelos atos ilícitos cometidos".

A Odebrecht está legalmente proibida de fechar contratos no Equador.

A companhia construiu diversas obras no país desde o fim da década de 1980 até o ano passado.

O governo do presidente Rafael Correa impulsionou projetos de cerca de US$ 1,6 bilhão no total com a empresa.

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