Economia

Número de famílias com dívida em atraso sobe em julho

Percentual das famílias que dizem ter dívidas em atraso subiu de 23,3% para 23,7%. Já a proporção das que não têm condições de pagar recuou de 8,4% para 8,1%

Dados de inflação e de mercado de trabalho também mostram que a inadimplência vai aumentar de forma moderada nos próximos meses (Stock Exchange)

Dados de inflação e de mercado de trabalho também mostram que a inadimplência vai aumentar de forma moderada nos próximos meses (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 16h25.

Rio de Janeiro - O número de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou em julho ante o mês anterior, porém houve uma melhora na percepção em relação à capacidade de pagamento, mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Enquanto o porcentual das famílias que dizem ter dívidas em atraso subiu de 23,3% para 23,7% no período, a proporção das que afirmam não ter condições de pagar recuou de 8,4% no mês anterior para 8,1%.

"Há uma perspectiva de que o mercado de trabalho vai continuar favorável. Como também houve uma queda do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos meses e o rendimento real das famílias aumentou, houve uma percepção de que é importante atender seus compromissos de dívidas nos próximos meses para continuar consumindo", avalia o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas.

Segundo o economista, os dados de inflação e de mercado de trabalho também mostram que a inadimplência vai aumentar de forma moderada nos próximos meses. "Não há espaço para que ela aumente rapidamente, como muitos achavam", afirma.

Ainda de acordo com a pesquisa, em julho o total de endividados caiu para 63,5%, ante 64,1% em junho. O porcentual, porém, ainda é superior aos 57,7% registrados em julho do ano passado. A queda ante o mês anterior é reflexo das restrições ao crédito no País, explica a economista Marianne Lorena Hanson, da CNC.

"Podemos observar desde o início do ano uma desaceleração na concessão de crédito, então é natural que o porcentual de famílias endividadas lentamente vá se reduzindo. Não vai ser linear, porque o saldo de crédito ainda está muito alto", diz.

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