Número de exportadoras continuará crescendo em 2015, diz AEB
No ano passado, na comparação com 2013, foram registradas 441 novas empresas exportadoras, com elevação de 2,3% no número total
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 13h49.
Brasília - A quantidade de empresas exportadoras no país, que, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, são atualmente 19.250, continuará crescendo este ano.
A avaliação é de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A estimativa da entidade é de aumento de cerca de 10% ante 2014.
No ano passado, na comparação com 2013, foram registradas 441 novas empresas exportadoras, com elevação de 2,3% no número total.
Isso ocorreu apesar do recuo de 7% na média diária de exportações no período, de US$ 242 bilhões para US$ 225,1 bilhões, sob a influência de fatores como a queda no preço de commodities e o déficit da conta-petróleo.
Para José Augusto de Castro, apesar de pouco expressiva, a alta no número de empresas é importante por representar uma reversão da tendência de diminuição no número desse tipo de empresa.
“Desde 2005, o número de empresas exportadoras vinha caindo. Essa queda foi interrompida em 2013, com a abertura de 179 empresas e agora, em 2014”.
Ele destaca que, no passado, o real valorizado em frente ao dólar era desfavorável às exportações. Recentemente, com a disparada da moeda norte-americana, o cenário se inverteu.
“A queda [até 2012] ocorria claramente por conta da taxa de câmbio. Principalmente a partir de 2003, com o real valorizado, as empresas começaram a perdercompetitividade.
Já as importadoras cresceram continuamente. Hoje, são 44.049, praticamente o dobro das empresas exportadoras”, informa.
Segundo ele, além de o dólar em alta ter mudado a tendência em relação àquele período, a perda de força do mercado interno é outro fator favorecendo a abertura de exportadoras. "As empresas começam a se voltar para o mercado externo", diz.
Para 2015, a expectativa é que o cenário permaneça, embalado pelo dólar ainda em alta. “Estou contando que a taxa de câmbio se mantenha em um patamar de R$ 2,70.
O governo federal tem todo o interesse em jogar essa taxa para baixo, mas a expectativa é que o cenário econômico crie dificuldades para o Banco Central reduzi-la”, acredita o presidente da AEB.
Castro afirma ainda que a maioria das novas empresas exportadoras é de pequeno porte, situando suas vendas no patamar até US$ 1 milhão, ou entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões.
“A predominância é até US$ 1 milhão. A percepção é que é um perfil típico de exportações via Correios. Quando se exporta via Correios, não se paga despachante aduaneiro, nem para fechar o câmbio de exportação. São vendas que estão limitadas até 30 quilos e US$ 50 mil”, diz.
Brasília - A quantidade de empresas exportadoras no país, que, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, são atualmente 19.250, continuará crescendo este ano.
A avaliação é de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A estimativa da entidade é de aumento de cerca de 10% ante 2014.
No ano passado, na comparação com 2013, foram registradas 441 novas empresas exportadoras, com elevação de 2,3% no número total.
Isso ocorreu apesar do recuo de 7% na média diária de exportações no período, de US$ 242 bilhões para US$ 225,1 bilhões, sob a influência de fatores como a queda no preço de commodities e o déficit da conta-petróleo.
Para José Augusto de Castro, apesar de pouco expressiva, a alta no número de empresas é importante por representar uma reversão da tendência de diminuição no número desse tipo de empresa.
“Desde 2005, o número de empresas exportadoras vinha caindo. Essa queda foi interrompida em 2013, com a abertura de 179 empresas e agora, em 2014”.
Ele destaca que, no passado, o real valorizado em frente ao dólar era desfavorável às exportações. Recentemente, com a disparada da moeda norte-americana, o cenário se inverteu.
“A queda [até 2012] ocorria claramente por conta da taxa de câmbio. Principalmente a partir de 2003, com o real valorizado, as empresas começaram a perdercompetitividade.
Já as importadoras cresceram continuamente. Hoje, são 44.049, praticamente o dobro das empresas exportadoras”, informa.
Segundo ele, além de o dólar em alta ter mudado a tendência em relação àquele período, a perda de força do mercado interno é outro fator favorecendo a abertura de exportadoras. "As empresas começam a se voltar para o mercado externo", diz.
Para 2015, a expectativa é que o cenário permaneça, embalado pelo dólar ainda em alta. “Estou contando que a taxa de câmbio se mantenha em um patamar de R$ 2,70.
O governo federal tem todo o interesse em jogar essa taxa para baixo, mas a expectativa é que o cenário econômico crie dificuldades para o Banco Central reduzi-la”, acredita o presidente da AEB.
Castro afirma ainda que a maioria das novas empresas exportadoras é de pequeno porte, situando suas vendas no patamar até US$ 1 milhão, ou entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões.
“A predominância é até US$ 1 milhão. A percepção é que é um perfil típico de exportações via Correios. Quando se exporta via Correios, não se paga despachante aduaneiro, nem para fechar o câmbio de exportação. São vendas que estão limitadas até 30 quilos e US$ 50 mil”, diz.