Economia

Número de empresas endividadas cresceu 11,08%, diz SPC

A região onde houve maior crescimento na inadimplência de empresas foi a Nordeste, com avanço de 16,64%


	Dívidas: o relato credita o aumento no endividamento das empresas ao cenário econômico desfavorável
 (Purestock/Thinkstock)

Dívidas: o relato credita o aumento no endividamento das empresas ao cenário econômico desfavorável (Purestock/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 17h30.

Aumentou o número de empresas endividadas no Brasil nos últimos 12 meses. A constatação é de pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

O estudo abrangeu apenas as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, pois na região Sudeste o estado de São Paulo tem legislação que inibe a negativação das empresas.

De acordo com a pesquisa, nessas quatro regiões o número de empresas inadimplentes, na base de dados do SPC, aumentou 11,08%, em março deste ano, comparado a março de 2015.

A região onde houve maior crescimento na inadimplência de empresas foi a Nordeste, com avanço de 16,64%, seguida pela Centro-Oeste, com 15,66% a mais, a Norte, 12,11%, e a Sul, 11,42%.

O relato credita o aumento no endividamento das empresas ao cenário econômico desfavorável. “Dados do indicador mostram que o número de empresas negativadas apresentou crescimento expressivo entre março de 2016 e o mesmo mês do ano anterior”, destacou a pesquisa.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que a forma como essa taxa aumentou em apenas um ano demonstra o aprofundamento da recessão que afetou a saúde financeira das empresas.

“O cenário foi piorado pelo recuo da atividade [econômica] com a alta dos preços e, por consequência, da taxa de juros”, sustentou a economista.

Acompanhe tudo sobre:Dívidas empresariaisEmpresasSPC

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor