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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.
A quantidade de desocupados nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre cresceu 17,2% entre agosto de 2005 e o mês passado, chegando a 10,6% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,4 milhões de pessoas buscam trabalho nestas regiões, 355 000 a mais que o contabilizado há 12 meses.
Parte desse aumento pode ser explicado pelo crescimento do contigente de trabalhadores que fazem parte da PEA. O número de pessoas na força de trabalho nas regiões pesquisadas em agosto de 2006 era de 22,9 milhões, 913 000 a mais que no mesmo mês de 2005. O número de pessoas em idade ativa (acima de 10 anos) também subiu, chegando a 39,7 milhões - 2,2% acima do registrado um ano atrás.
Em agosto passado, Recife tinha a maior taxa de desocupação entre as regiões pesquisadas, 14,9%, enquanto a menor - 8,2% - era verificada no Rio de Janeiro.
O número de ocupados, no entanto, também cresceu - 2,8% nos últimos 12 meses. Dos 20,5 milhões de trabalhadores em atividade em agosto passado, 41,2% tinham carteira assinada, volume 5,9% maior que o verificado em agosto de 2005. Os profissionais que trabalhavam para o setor privado sem carteira assinada, até o mês passado, somavam 14,9% da população ocupada. Já os trabalhadores por conta própria eram 18,8% dos que estavam em atividade.
A categoria que agrupa comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e comércio a varejo de combustíveis era a que mais empregava - 19,6% -, seguida da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, com 17,3%.
Renda
O rendimento médio recebido pelos trabalhadores das seis regiões pesquisadas subiu 3,5% nos últimos 12 meses, para 1 036,20 reais, segundo o IBGE.
Os empregados com carteira assinada no setor privado continuam sendo os que apresentam melhor média salarial - 1 047,70 reais - 2,8% acima do valor verificado em agosto de 2005. Os trabalhadores sem carteira assinada também tiveram aumento nos rendimentos - 5,3% nos últimos 12 meses - passando de 661,92 reais em agosto de 2005 para 697,20 reais no mês passado. Já o rendimento dos autônomos manteve-se estável em 791,70 reais. Apesar da falta de reajuste, o valor ainda é superior ao recebido pelos trabalhadores sem carteira assinada.