Economia

Inadimplência do consumidor cresce 19% no primeiro semestre

Em junho, o dado acelerou 15,4% comparado com a mesma informação de 2011

Notas: economistas da Serasa Experian atribuem o avanço no acumulado dos seis primeiros meses do ano ao crescente endividamento e descontrole do consumidor (Stock Exchange)

Notas: economistas da Serasa Experian atribuem o avanço no acumulado dos seis primeiros meses do ano ao crescente endividamento e descontrole do consumidor (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 09h27.

Rio de Janeiro - A inadimplência do consumidor cresceu 19,1 por cento no primeiro semestre de 2012 sobre igual período do ano passado, informou a Serasa Experian nesta quarta-feira.

Em junho, o dado acelerou 15,4 por cento sobre um ano antes, enquanto na comparação com maio o índice teve retração de 0,5 por cento.

Economistas da Serasa Experian atribuem o avanço no acumulado dos seis primeiros meses do ano ao crescente endividamento e descontrole do consumidor ao assumir novas dívidas.

"A renda do consumidor está comprometida, principalmente com dívidas caras (cheque especial e rotativo do cartão de crédito) e de alto valor (veículos e imobiliárias), o que leva a um descontrole no gerenciamento da situação", disse a entidade em nota.

De acordo com a Serasa, em média, 60 por cento dos consumidores que não honram seus pagamentos têm dívidas acima de 100 por cento de suas rendas.

"É importante destacar que o patamar da inadimplência poderia ser superior, mas a evolução da renda e o desemprego baixo estão atenuando este cenário", disse a entidade.

As dívidas não bancárias e as com os bancos foram as principais responsáveis pela alta do indicador no primeiro semestre, com variação de 21,6 e 22,1 por cento, respectivamente.

Apesar disso, o valor médio das dívidas com bancos caiu 1 por cento de janeiro a junho, para 1.294,59 reais, segundo a Serasa Experian. Já o valor médio dos débitos não bancários cresceu 16,3 por cento no período.

Os títulos protestados cresceram 6,3 por cento, ao passo que os cheques sem fundos apresentaram queda de 5,9 por cento no período.

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