Economia

Fora dos campos, relação entre Brasil e México floresce

Nenhum país da América Latina investe tanto quanto o México no Brasil - e vice-versa. No turismo e em automóveis, as trocas são intensas.

Torcedores mexicanos com réplica da taça da Copa, antes de jogo contra o Brasil (Marcello Casal Jr./ABr)

Torcedores mexicanos com réplica da taça da Copa, antes de jogo contra o Brasil (Marcello Casal Jr./ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de junho de 2014 às 13h47.

São Paulo - O Brasil é um dos países do mundo mais fechados ao comércio internacional, enquanto o México é um dos mais abertos. Isso não significa que a relação entre os países seja ruim - muito pelo contrário.

Entre os países da América Latina, ninguém investe tanto no Brasil quanto o México - e vice-versa, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.

O comércio bilateral cresceu 206% entre 2003 e 2013 e hoje ultrapassa os US$ 10 bilhões. A troca é focada em produtos industriais, principalmente do setor automotivo.

Cerca de US$ 4 bilhões vão daqui para lá, mais da metade em máquinas e transportes em geral (57%). Já 44% dos cerca de US$ 6 bilhões que o Brasil importa do México é em carros.

Elton Freitas, membro da equipe técnica do DataViva, que compila os números, explica: "as peças ou partes dos veículos são produzidas no Brasil e exportadas para o México. Lá, os carros são montados e revendidos para o mercado consumidor local, brasileiro e mundial. Da mesma forma que importamos peças do México, montamos os carros e os revendemos."

O México tem um grande número de acordos comerciais, mas um peso desproporcional fica com o bloco NAFTA. Quase 80% das exportações mexicanas vão para os Estados Unidos.

O MRE espera que mais de 50 mil mexicanos venham para a Copa do Brasil. O Brasil está hoje em 5º lugar entre as nacionalidades que mais visitam o México e o fim da exigência do visto de turista, decidida no ano passado, deve ajudar ainda mais. 

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