"A inflação mais alta reduziu a renda real e pode pesar sobre o consumo", alerta o FMI (Leo Caldas/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2013 às 11h25.
São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 0,7 ponto percentual, para 2,5% em 2014. O corte, divulgado nesta terça-feira no relatório "Projeções para a Economia Mundial", põe o Brasil como o país com a menor taxa de crescimento entre os principais mercados emergentes. Para 2013, a previsão foi mantida em 2,5%.
Entre os BRICS (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Russia, India, China e África do Sul), o maior crescimento em 2014 será da China (7,3%), seguido por Índia (5,1%), Rússia (3%) e África do Sul (2,9%) - todos à frente do Brasil.
O FMI acredita que a recuperação econômica do Brasil continuará moderada, puxada pela recente depreciação do real frente ao dólar, o que elevará a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo.
Por conta disso, a instituição faz um alerta ao Brasil e às outras economias emergentes para que os governos não tentem impedir a desvalorização de suas moedas.
"A inflação mais alta reduziu a renda real e pode pesar sobre o consumo, enquanto restrições de oferta e incerteza política podem continuar a conter a atividade", disse o FMI.
Na perspectiva global, o Fundo reduziu para 2,9% sua previsão de crescimento da economia mundial para 2013 e pediu "clareza" ao Federal Reserve (Fed) sobre a política monetária dos Estados Unidos.
Para 2014, o organismo revisou o crescimento global para 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.