Economia

Vários membros do Fed consideram apropriado elevar juros

Segundo as atas da reunião, "vários membros estimaram que seria apropriado elevar a meta dos juros de fundos federais bastante em breve"

A nova chair do Federal Reserve, Janet Yellen, faz o juramento na sede do Fed em Washington (Jim Bourg/Reuters)

A nova chair do Federal Reserve, Janet Yellen, faz o juramento na sede do Fed em Washington (Jim Bourg/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2016 às 17h48.

Vários membros do Federal Reserve (banco central americano) avaliaram nesta quarta-feira que um aumento da taxa de juros poderá ser decidido "em breve", segundo as atas da reunião de setembro, quando a decisão em não alterá-la foi "muito apertada".

Segundo as atas da reunião, "vários membros estimaram que seria apropriado elevar a meta dos juros de fundos federais bastante em breve", se a atividade econômica continuar como o previsto.

O Banco Central americano realizará sua reunião do Comitê Monetário em 1 e 2 de novembro, uma semana antes das eleições presidenciais e depois em 13 e 14 de dezembro.

A decisão de manter os juros entre 0,25% e 0,50% - percentual no qual se situam desde dezembro de 2015 - foi "muito difícil de tomar", reconheceram vários participantes na reunião. Três deles haviam votado contra.

"Pode-se argumentar que, da mesma maneira que é razoável elevar os juros a partir de agora, é melhor esperar para ter mais informações sobre o mercado de trabalho e sobre a inflação", ressaltaram os membros do Federal Reserve, visivelmente divididos.

No contexto interno, o Fed não faz referências às eleições presidenciais de 8 de novembro, enquanto o candidato republicano Donald Trump acusa o Banco Central de favorecer os democratas mantendo os juros baixos.

A instituição, entretanto, destaca que alguns industriais "têm uma atitude prudente para investir", considerando "a fraca demanda mundial (...) e a incerteza sobre as perspectivas da política governamental e regulatória".

Os riscos de curto prazo sobre as perspectivas econômicas são "equilibradas", segundo a maioria dos participantes, embora "alguns" sejam mais pessimistas por causa "da possibilidade de um crescimento mais fraco no exterior e da contínua incerteza associada ao Brexit".

A maioria é otimista sobre o dinamismo do consumo que deveria continuar sendo o principal motor do crescimento.

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