Economia

Cenário fica pronto para queda da Selic, de acordo com Mantega

“Temos que deixar pronto um sistema em que, se puder, cai a taxa”, afirmou o ministro da Fazenda

Como a selic está em 9,0%, por enquanto, a remuneração segue sendo a antiga para todas as cadernetas (Nacho Doce/Reuters)

Como a selic está em 9,0%, por enquanto, a remuneração segue sendo a antiga para todas as cadernetas (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 20h21.

São Paulo – Durante o anúncio sobre as novas regras da poupança, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, se as condições forem favoráveis, a Selic pode abaixar ainda mais. Atualmente, a taxa básica de juros está em 9,0%.

Mantega afirmou que “não faz ideia” do que vai acontecer com a selic, mas que o Ministério da Fazenda não quer ser o responsável pela taxa não cair. “Temos que deixar pronto um sistema em que, se puder, cai a taxa”, disse.

Mantega enfatizou, contudo, que para continuar diminuindo os juros, é necessário controlar a inflação.

Em comunicado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que, com o anúncio de hoje, “o Brasil dá um passo fundamental na direção de remover resquícios herdados do período de inflação alta”. Para Tombini, a medida adapta a caderneta de poupança ao novo cenário brasileiro.

De acordo com a nova regra de remuneração das cadernetas de poupança, quando a selic estiver em 8,5% ou abaixo desse patamar, as cadernetas serão remuneradas pela taxa referencial mais 70% da selic. A regra vale apenas para os depósitos feitos a partir de amanhã. 

Como a selic está em 9,0%, por enquanto, a remuneração segue sendo a antiga para todas as cadernetas. Segundo o Ministro, a alteração da regra da poupança está sendo bem aceita. Mantega acredita que a poupança vai continuar crescendo, porque as “condições são muito atraentes mesmo com as mudanças”. 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasEstatísticasIndicadores econômicosMinistério da FazendaPoupançaSelic

Mais de Economia

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor

Opinião: nem as SAFs escapam da reforma tributária