Acompanhe:

BC faz roteiro cauteloso para o corte de juros

"A necessidade de avanço fiscal é a mais desafiadora, a mais 'binária' condição para o BC", diz economista-chefe do Banco Safra

Modo escuro

Continua após a publicidade

	Notas de real: "a necessidade de avanço fiscal é a mais desafiadora, a mais 'binária' condição para o BC", diz economista-chefe do Banco Safra
 (Stock.xchng/ Afonso Lima)

Notas de real: "a necessidade de avanço fiscal é a mais desafiadora, a mais 'binária' condição para o BC", diz economista-chefe do Banco Safra (Stock.xchng/ Afonso Lima)

J
Josué Leonel

Publicado em 1 de setembro de 2016 às, 18h06.

Os juros futuros caem após o Banco Central retirar do comunicado do Copom a observação de que não havia espaço para alívio monetário. Para os analistas do mercado, o BC abriu a porta para a retomada do corte da Selic, que está inalterada em 14,25% desde julho de 2015.

Os membros do Copom, contudo, não pareceram interessados em sancionar uma euforia dos investidores. Pelo contrário, destacaram uma lista de condições necessárias para o primeiro corte de juros em mais de um ano, que seria a primeira redução com o BC sob o comando de Ilan Goldfajn e o Brasil presidido por Michel Temer.

O BC saiu de uma posição de dizer que “não vemos nenhuma condição” de cortar os juros para a de que “vemos espaço para corte, mas sob certas condições”, diz Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro. “É um roteiro condicional.”

A necessidade de avanço fiscal é a mais desafiadora, a mais “binária” condição para o BC, diz Kawall. As outras duas condições, também fundamentais, são a desaceleração da inflação dos alimentos, afetada recentemente por fatores como a safra nos EUA e o clima, e os preços de serviços.

Kawall considera que a aprovação do teto dos gastos é um primeiro grande teste para o governo Temer. Sendo aprovado “sem furos”, o teto poderá disparar nova onda de otimismo com o Brasil, diz o economista.

A reforma da Previdência não deve ser aprovada no curto prazo, mas Kawall considera fundamental que o projeto comece a tramitar no Congresso ainda este ano para ser aprovado em 2017.

Não sendo enviado este ano, o prazo fica curto. Se a tramitação chegar a 2018, ano eleitoral, uma matéria tão sensível e que vai gerar muito debate dificilmente será aprovada, diz o economista.

Kawall projeta um corte de 0,50 ponto para a Selic em novembro. Ele observa que a melhora da inflação, que tem mostrado resiliência, é indispensável para o BC se sentir confortável para baixar o juro.

A aprovação das reformas, contudo, teria um impacto mais amplo, ao mostrar ao investidor que a queda do dólar e do risco Brasil é sustentável, ajudando a atrair investimentos e também a manter baixas as expectativas inflacionárias de longo prazo.

Últimas Notícias

Ver mais
CMN aprova balanço do BC em 2023, com resultado negativo de R$ 114,2 bilhões
Economia

CMN aprova balanço do BC em 2023, com resultado negativo de R$ 114,2 bilhões

Há 10 horas

Dívida pública federal sobe 2,25% em fevereiro, para R$ 6,595 tri, diz Tesouro
Economia

Dívida pública federal sobe 2,25% em fevereiro, para R$ 6,595 tri, diz Tesouro

Há 13 horas

'Estamos trazendo a inflação para a meta com grande sucesso', diz Campos Neto
Economia

'Estamos trazendo a inflação para a meta com grande sucesso', diz Campos Neto

Há 13 horas

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto
Economia

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto

Há 16 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais