Nota de R$ 200: cédula mais alta será a mais cara a ser produzida
Produção da nova nota terá o preço mais alto dentre as cédulas e moedas em circulação
Agência O Globo
Publicado em 23 de agosto de 2020 às 19h37.
Última atualização em 23 de agosto de 2020 às 19h42.
A nota de R$ 200 não será apenas a de maior valor no sistema bancário brasileiro, como também a mais cara a ser produzida. Documentos disponibilizados por meio da Lei de Acesso à Informação, após solicitação do Portal Bitcoin, mostram que o custo de produção da cédula com o lobo-guará será de R$ 0,325 centavos por nota. Será o preço mais alto dentre as cédulas e moedas em circulação.
Se comparado com a produção das demais, a nota de R$ 200 terá um custo de produção próximo ao da moeda de R$ 1, instrumento monetário mais caro feito até hoje. O custo para colocar uma moeda dessas em circulação é de R$ 0,31.
Tradicionalmente, as moedas são mais caras de serem produzidas do que as notas, que possuem valor monetário superior. Em larga escala, esses poucos centavos podem fazer muita diferença na produção da Casa da Moeda, estatal responsável por imprimir o dinheiro.
A moeda de R$ 0,05, por exemplo, custa três vezes mais do que valor estampado no material. O custo é de R$ 0,17 a unidade.
Apesar do custo mais alto, o governo deve economizar com a produção de dinheiro. Uma das justificativas para a criação de uma nova nota foi a necessidade de impressão de recurso em espécie nos últimos meses, por conta do pagamento do auxílio emergencial.
A nota de valor mais alto permitirá que as pessoas saquem valores maiores com a emissão de menos papel. Para sacar os R$ 600, ao invés de seis notas de R$ 100, será preciso apenas três de R$ 200.
Segundo o documento do Banco Central, 450 milhões de cédulas de R$ 200, que terá como personagem o lobo-guará, serão produzidas. O custo da operação inicial será de R$ 146,2 milhões. A ideia é que o volume não entre todo de uma vez em circulação.