Economia

Nordeste tem maior número de gente fora da força de trabalho

A região registrou a maior fatia de pessoas fora da força de trabalho, 43,1%


	Carteira de Trabalho: o nível de ocupação é menor no Nordeste porque está relacionado diretamente com o grau de instrução
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de Trabalho: o nível de ocupação é menor no Nordeste porque está relacionado diretamente com o grau de instrução (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 10h38.

Rio - O Brasil tinha 38,9% das pessoas em idade de trabalhar fora da força de trabalho no segundo trimestre deste ano, ou seja, não estavam ocupadas nem desocupadas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Nordeste registrou a maior fatia de pessoas fora da força de trabalho, 43,1%. No Centro-Oeste, esse porcentual ficou em 34,8%; no Sul, 36,2%; no Sudeste, 37,9%; e, no Norte, 38,7%.

As mulheres eram maioria na população fora da força de trabalho no País, cerca de 66,5% no segundo trimestre de 2014. O cenário foi similar em todas as regiões.

De acordo com a Pnad Contínua, um terço (34,0%) da população fora da força de trabalho era idosa, com 60 anos ou mais de idade. A faixa com menos de 25 anos de idade representava outros 29,2%, enquanto os adultos (de 25 a 59 anos) somavam outros 36,8%.

Nível de ocupação

O nível da ocupação foi estimado em 68,4% para os homens e em 46,4% para as mulheres em todo o País, no segundo trimestre deste ano, segundo os dados da Pnad Contínua. O instituto ressalta que a diferença foi constatada em todas as regiões, sendo mais acentuada na Norte, e menos na Sul.

Os maiores níveis de ocupação - porcentual de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar - foram vistos nas regiões Sul (61,1%) e Centro-Oeste (61,5%). O Nordeste teve o menor: 51,9%.

Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o nível de ocupação é menor no Nordeste porque está relacionado diretamente com o grau de instrução, que na região é mais baixo.

"O Nordeste tem menos instrução, tem pessoas mais jovens", justificou ele.

A pesquisa mostra que o nível da ocupação era mais elevado nos grupos com mais instrução. No segundo trimestre de 2014, pouco menos de um terço (32,6%) das pessoas sem nenhuma instrução estava trabalhando.

Entre a faixa que possui curso superior completo o nível da ocupação chegou a 80,1%.

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