No G-20, só Argentina e Rússia elevaram juros
Se confirmada a expectativa de aumento da taxa Selic, o juro brasileiro subirá em um movimento oposto ao visto na maioria das grandes economias
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 09h01.
Londres - O Brasil pode entrar na contramão da política monetária global. Se confirmada a expectativa de aumento da taxa Selic, o juro brasileiro subirá em um movimento oposto ao visto na maioria das grandes economias.
Enquanto alguns países estudam medidas e outros adotam ações para dar velocidade à economia, o Brasil se prepara para ingressar no reduzido grupo da Argentina e Rússia, únicos países do G-20 que subiram o juro nos últimos dois anos.
Economias centrais e emergentes seguem às voltas com a crise e a sensação de superação dos problemas parece distante. Os maiores exemplos são os solavancos nos EUA e a frágil periferia que reaviva problemas europeus.
Até mesmo a China tem sido motivo de frustração ao sinalizar que o crescimento no ritmo de dois dígitos parece mais longe. Por isso, o rumo do juro tem sido para baixo.
Pesquisa feita pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostra que o corte de juro foi o movimento mais recente de política monetária em 16 países no grupo das 20 maiores economias do planeta. Alguns países, inclusive, anunciaram medidas de incentivo recentemente.
Há 28 dias, o Banco Central da Índia anunciou o segundo corte seguido do juro, para 7,5%. Ao explicar a redução de 0,25 ponto, a instituição afirmou que "a situação dos mercados melhorou, mas a atividade global está mais fraca e, no quadro interno, o crescimento também desacelerou significativamente". Por isso, foi possível reagir.
Dias antes, na Cidade do México, o mercado foi pego no contrapé quando o BC anunciou a redução da taxa em 0,5 ponto, para o piso histórico de 4%. A explicação foi estrutural: caiu porque a política econômica deu certo e abriu espaço para um custo do dinheiro menor.
O Japão anunciou no início do mês um programa para injetar US$ 1,4 trilhão na economia para tentar acabar com a deflação e estimular a atividade.
Na Europa, o BC pode adotar novas medidas e o mercado espera novidades nos próximos meses. Nos EUA, apesar dos alertas de que ações expansionistas podem diminuir, analistas não preveem reversão antes do fim do ano.
Londres - O Brasil pode entrar na contramão da política monetária global. Se confirmada a expectativa de aumento da taxa Selic, o juro brasileiro subirá em um movimento oposto ao visto na maioria das grandes economias.
Enquanto alguns países estudam medidas e outros adotam ações para dar velocidade à economia, o Brasil se prepara para ingressar no reduzido grupo da Argentina e Rússia, únicos países do G-20 que subiram o juro nos últimos dois anos.
Economias centrais e emergentes seguem às voltas com a crise e a sensação de superação dos problemas parece distante. Os maiores exemplos são os solavancos nos EUA e a frágil periferia que reaviva problemas europeus.
Até mesmo a China tem sido motivo de frustração ao sinalizar que o crescimento no ritmo de dois dígitos parece mais longe. Por isso, o rumo do juro tem sido para baixo.
Pesquisa feita pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostra que o corte de juro foi o movimento mais recente de política monetária em 16 países no grupo das 20 maiores economias do planeta. Alguns países, inclusive, anunciaram medidas de incentivo recentemente.
Há 28 dias, o Banco Central da Índia anunciou o segundo corte seguido do juro, para 7,5%. Ao explicar a redução de 0,25 ponto, a instituição afirmou que "a situação dos mercados melhorou, mas a atividade global está mais fraca e, no quadro interno, o crescimento também desacelerou significativamente". Por isso, foi possível reagir.
Dias antes, na Cidade do México, o mercado foi pego no contrapé quando o BC anunciou a redução da taxa em 0,5 ponto, para o piso histórico de 4%. A explicação foi estrutural: caiu porque a política econômica deu certo e abriu espaço para um custo do dinheiro menor.
O Japão anunciou no início do mês um programa para injetar US$ 1,4 trilhão na economia para tentar acabar com a deflação e estimular a atividade.
Na Europa, o BC pode adotar novas medidas e o mercado espera novidades nos próximos meses. Nos EUA, apesar dos alertas de que ações expansionistas podem diminuir, analistas não preveem reversão antes do fim do ano.