Economia

Negociação de dólares cai 17,95% no Brasil em novembro, diz BC

As negociações de dólares verificadas em novembro deste ano ocorreram num período em que a moeda americana, no mercado à vista, subiu 6,18%

Dólar: a negociação de dólares no Brasil somou US$ 174,716 bilhões em novembro (Getty Images/Getty Images)

Dólar: a negociação de dólares no Brasil somou US$ 174,716 bilhões em novembro (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 18h35.

Brasília - A negociação de dólares no Brasil somou US$ 174,716 bilhões em novembro, conforme dados divulgados nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central.

O montante foi 17,95% menor que o verificado em outubro, quando US$ 212,940 bilhões foram negociados. No acumulado do ano até novembro, as transações com a divisa atingem US$ 2,269 trilhões, ou 10,25% a menos que o visto no mesmo período do ano passado.

As negociações de dólares verificadas em novembro deste ano ocorreram num período em que a moeda americana, no mercado à vista, subiu 6,18% ante o real, para R$ 3,3878.

A ptax do período avançou 6,78%, aos R$ 3,3967. De acordo com os dados do Banco Central, em novembro foram realizadas 601,9 mil operações com a moeda norte-americana.

Os negócios com dólares dependem muito da variação da própria moeda. Nos meses em que a cotação apresenta oscilações maiores, o volume negociado também costuma aumentar, porque muitos agentes aproveitam a oportunidade para vender ou comprar divisas, de acordo com suas necessidades.

Em outubro, no entanto, os negócios com a moeda americana foram inflados pelo processo de repatriação de recursos, cujo prazo limite para adesão foi o dia 31 daquele mês.

Em 2016, as transações somaram US$ 176,198 bilhões em janeiro; US$ 179,399 bilhões em fevereiro; US$ 269,754 bilhões em março (recorde do ano); US$ 207,786 bilhões em abril; US$ 197,164 bilhões em maio; US$ 241,084 bilhões em junho; US$ 198,866 bilhões em julho; US$ 191,925 bilhões em agosto; US$ 220,960 bilhões em setembro; e US$ 212,9 bilhões em outubro.

Em novembro, do total de US$ 174,716 bilhões, trocaram de mãos no mercado primário, também conhecido como mercado de varejo, o equivalente a US$ 100,973 bilhões.

Este segmento é formado pelas negociações feitas por governos, empresas ou famílias diretamente com o exterior. As informações que são capturadas nessas operações geralmente constam do balanço de pagamentos, que o Banco Central detalha todo fim de mês. No primário, as exportações movimentaram US$ 14,170 bilhões e as importações, US$ 10,077 bilhões.

As transferências do exterior atingiram um total de US$ 38,351 bilhões e as para o exterior, de US$ 38,374 bilhões.

Já o mercado interbancário rodou US$ 73,743 bilhões no mês passado. Neste segmento, as compras somaram US$ 36,872 bilhões e as vendas, US$ 36,871 bilhões.

Esse mercado secundário é composto por transações feitas entre instituições financeiras. Fazem parte dessas operações os registros de contratos de arbitragem fechados no Brasil e no exterior, bem como as operações realizadas diretamente com o Banco Central.

O Banco Santander segue na liderança da maior movimentação de dólares no País. Segundo o BC, a instituição comercializou no mês passado US$ 25,246 bilhões em 71,9 mil operações.

Em segundo lugar aparece o Citibank, com US$ 21,340 bilhões distribuídos em 29,1 mil negócios. Na sequência vieram Itaú Unibanco, com U$ 18,053 bilhões em 103,1 mil contratos, e Bradesco, com US$ 17,107 bilhões e 80,6 mil operações.

No ano

No acumulado do ano até novembro, o mercado interbancário foi responsável pela movimentação de US$ 1,146 trilhão e o mercado primário, por US$ 1,123 trilhão.

Neste período, o Santander segue como o maior negociador de dólares do País (US$ 316,871 bilhões em 771,7 mil operações).

Acompanhe tudo sobre:DólarReal

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame