Economia

Navio dos EUA passa pelo mar da China em meio a negociações comerciais

A China confirmou a passagem do navio americano e qualificou como uma violação da soberania, enquanto os EUA negam

EUA-China: ambos os países devem retornar as negociações comerciais em breve (Qilai Shen/Bloomberg/Getty Images)

EUA-China: ambos os países devem retornar as negociações comerciais em breve (Qilai Shen/Bloomberg/Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 11h32.

Um barco da Marinha dos Estados Unidos navegou nesta segunda-feira (7) perto de ilhas em disputa no Mar da China Meridional, onde Pequim construiu instalações militares, em um momento em que começam as conversas comerciais entre ambos os países.

Como um sinal de lembrança a Pequim do direito de passar por essas águas, sob o amparo da lei internacional, tanto os Estados Unidos como os seus aliados enviam aviões e barcos à área, cuja soberania é reivindicada pela China.

O USS McCampbell passou a 22 quilômetros (12 milhas náuticas) das Ilhas Paracel "para questionar as excessivas reivindicações marítimas", afirmou à AFP Rachel McMarr, porta-voz da frota americana do Pacífico.

McMarr acrescentou que as chamadas operações de "liberdade de navegação" não se referem "a nenhum país nem a fazer declarações políticas".

Pequim confirmou a passagem do navio americano e qualificou como uma violação da soberania chinesa que danifica "a paz, a segurança e a ordem" no sul do Mar da China Meridional.

A China enviou aviões e barcos de guerra para advertir o navio americano de que tinha que abandonar a área, conhecida em chinês como Xisha.

"Pedimos aos Estados Unidos que pare imediatamente com essas ações provocativas", declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores em uma coletiva, na qual acrescentou que Pequim já havia apresentado uma queixa diplomática a Washington.

"A China continuará tomando as medidas necessárias para defender a soberania e a segurança nacional".

A operação ocorreu quando os funcionários chineses e americanos iniciaram, em Pequim, as negociações para encontrar uma solução a uma guerra comercial que levou as duas partes a impor tarifas no ano passado em mais de 300 bilhões de produtos.

"Todas as operações demonstram que os Estados Unidos voarão, navegarão e operarão em qualquer lugar onde a lei internacional permitir. E é assim no Mar da China Meridional, bem como em outros lugares do mundo", disse McMarr.

China, Taiwan e Vietnã reivindicam as Ilhas Paracel.

Pequim assegura que quase todo o território do Mar da China Meridional é seu, enquanto Taiwan, Filipinas, Brunei, Malásia e Vietnã reivindicam partes.

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