Economia

Não tem mais como revogar mudanças trabalhistas, afirma Dias

Trabalhadores querem evitar a aprovação das mudanças nas regras de concessão de benefícios como seguro-desemprego e seguro defeso


	Manoel Dias: "Não tem mais como revogar. Agora tem que discutir"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Manoel Dias: "Não tem mais como revogar. Agora tem que discutir" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 14h25.

São Paulo - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta segunda-feira, 9, que não há como revogar as duas Medidas Provisórias (MPs) que preveem alteração nas regras de concessão de benefícios trabalhistas, como as centrais sindicais estão pedindo.

Em entrevista à imprensa após reunião na Força Sindical, Dias afirmou que "agora tem que se discutir" as medidas.

Questionado, ele evitou falar até que ponto o governo está disposto a ceder às reivindicações dos trabalhadores.

Dias alegou que há um "consenso entre todos" de que algumas medidas tinham que ser tomadas para corrigir distorções e atualizar normas.

Ele disse que o governo está disposto a discutir e lembrou que duas reuniões já foram realizadas com as centrais, na capital paulista, para tratar do assunto.

No último encontro, foi acertada a criação de uma comissão tripartite, incluindo o Congresso Nacional na discussão.

A decisão de trazer os parlamentares para a mesa de negociação partiu das centrais, já que deputados e senadores terão de analisar duas Medidas Provisórias (MPs) com as mudanças.

Trabalhadores querem evitar a aprovação das mudanças nas regras de concessão de benefícios como seguro-desemprego e seguro defeso, consideradas por eles como perda de direitos.

"Não tem mais como revogar. Agora tem que discutir", afirmou o ministro do Trabalho.

Mais cedo, Dias defendeu as medidas como forma de estabelecer o equilíbrio na economia.

Ele reconheceu, contudo, que a apresentação delas no fim do ano não foi das melhores, mas alegou que foi feita dessa forma por uma questão de prazos.

A fala veio após ele ouvir inúmeras críticas de sindicalistas, que acusam o governo de ter "traído" a classe trabalhadora, ao anunciar as medidas "na calada da noite", sem conversa prévia com os trabalhadores.

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