Economia

Não se deve comemorar morte de um líder, diz Dilma

Presidente também destacou que momento é de ajudar a Líbia na transição

Comemoração pela morte de Kadafi: Dilma pediu apoio a democracia no país (Mahmud Turkia/AFP)

Comemoração pela morte de Kadafi: Dilma pediu apoio a democracia no país (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 15h43.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff comentou, hoje (20), em Angola, a notícia da captura do presidente líbio, Muammar Kadafi, avaliando que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática e que não se deve comemorar a morte de qualquer líder. Dilma disse também que o desejo é o de que os países tenham a capacidade de viver em paz e com democracia.

“Acho que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora, isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja. O fato de ela [a Líbia] estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve, acho que não é comemorar a palavra, mas apoiar, incentivar e, de fato, o que queremos é que os países tenham a capacidade de, internamente, viver em paz e com democracia”, disse aos jornalistas.

A presidente disse que foi informada de haver fotos que seriam de Muammar Kadafi morto, mas que, até então, não tinha a confirmação oficial da morte do líder líbio. Perguntada sobre qual deve ser o próximo passo após a morte de Kadafi e sobre como o Brasil poderia ajudar nesse processo, Dilma respondeu que “a grande questão é a reconstrução” e que o Brasil tem feito esforços para que haja “uma reconstrução dentro do clima de paz”.

Dilma disse ainda que é fundamental que os conflitos seja resolvidos pelo método da negociação. “Porque não é só a guerra em si que causa danos. Causa danos também o pós-guerra, o efeito da destruição sobre as populações e as nações”.

O Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia e uma emissora de televisão do país confirmaram que Kadafi foi capturado esta manhã. Mais cedo, depois da notícia dada pelo CNT, o cônsul-geral da Líbia no Brasil, Mohammed Ninfat, disse à Agência Brasil que obteve informações confirmando a morte do líder.

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