Economia

Não há recuperação rápida, mas governo está no caminho certo, diz Guedes

O ministro da Economia criticou seus antecessores e afirmou que o principal responsável pela desaceleração do PIB foi o descontrole dos gastos públicos

Paulo Guedes: Ministro diz que não tem recuperação rápida. Mas que tudo vai dar certo, porque estariam fazendo o caminho inverso ao dos governos anteriores (Palácio do Planalto/Reprodução)

Paulo Guedes: Ministro diz que não tem recuperação rápida. Mas que tudo vai dar certo, porque estariam fazendo o caminho inverso ao dos governos anteriores (Palácio do Planalto/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2019 às 13h49.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 26, que não existe recuperação rápida para a retomada de crescimento da atividade econômica no país, mas que o governo está agora no caminho certo da recuperação.

Segundo Guedes, o Brasil foi perdendo a dinâmica de crescimento ao longo das últimas décadas. "Isso (a perda de dinamismo) não é coisa rápida. Também não tem recuperação rápida. Mas vai dar certo, porque estamos fazendo o caminho inverso (ao dos governos anteriores)", discursou Paulo Guedes para empresários, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Guedes criticou a política econômica de seus antecessores e afirmou que o principal responsável pela desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi o crescimento descontrolado de gastos públicos.

"Nunca o combate foi frontal ao desarranjo, que eram os gastos públicos excessivos", diagnosticou o ministro.

Guedes lembrou que os gastos públicos como proporção do PIB alcançaram o pico no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem conseguido reverter a tendência já nesses primeiros seis meses de gestão, aprovando a reforma da Previdência e destravando o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Um dos focos do governo foi lidar com a "bomba demográfica", disse Guedes, que defendeu a aprovação do sistema de capitalização, conforme sugerido pela equipe econômica. "Por que o pobre não pode capitalizar seus recursos também?", questionou. "No momento que o Congresso aprovar que não há capitalização, não há capitalização", reconheceu.

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