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Não há mágicas para crescimento acelerado, diz Levy

"É importante estarmos muito antenados com o que está acontecendo no mundo e não apenas tentar reviver o passado", afirmou Levy

Joaquim Levy: o ministro disse ainda que a economia brasileira tem que ter cada vez mais conteúdo tecnológico e que é preciso produtividade para ter crescimento sólido (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 13h35.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse nesta terça-feira, 22, que o Brasil não pode ter a ilusão de que há formas "mágicas" ou "heterodoxas" para se chegar a um crescimento mais acelerado.

Em evento promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ), no Itamaraty, Levy destacou que o desafio do governo não é restaurar o passado, mas sim facilitar o futuro para a população.

"É importante estarmos muito antenados com o que está acontecendo no mundo e não apenas tentar reviver o passado", afirmou Levy. "As pessoas têm que ter confiança de que essa transição vai nos levar a uma economia mais aberta, dinâmica e vigorosa", acrescentou.

O ministro disse ainda que a economia brasileira tem que ter cada vez mais conteúdo tecnológico e que é preciso produtividade para ter crescimento sólido. "Não podemos viver só do cartão de crédito, gastando o colchão fiscal", reiterou.

Inflação

Levy ressaltou a necessidade de o Brasil ter uma agenda de crescimento e desenvolvimento que envolva alcançar o equilíbrio fiscal e uma inflação suficientemente baixa.

"Estamos em meio a um processo de ajuste macroeconômico, com uma inflação que começa a convergir para a meta depois de anos de desancoragem", acrescentou.

"Uma agenda de crescimento nem sempre se constitui de gestos fáceis. Temos que enfrentar problemas estruturais."

O ministro lembrou que tem desenvolvido com o Congresso Nacional propostas de reformas estruturais que impliquem simplificação dos impostos. "Diminuir custo dos impostos é fundamental para as empresas contratarem mais", afirmou.

De acordo ele, é preciso descobrir como aproveitar a inserção de um grande número de pessoas no mercado de trabalho, vista nos últimos anos, e transformar isso em aumento de produtividade.

Levy ressaltou ainda que é necessário voltar a dar foco a questões como a contratação e a qualidade de projetos de infraestrutura. "Você só tem obra dentro de orçamento se tem um orçamento e um projeto claros", completou.

OCDE

Entre os assuntos que serão discutidos com a OCDE está a qualidade do gasto no Brasil. O ministro disse que gastos como a Previdência Social têm sempre que ser avaliados.

Levy ressaltou que é importante rever os objetivos dos gastos e usar os recursos de maneira eficiente. "Em muitos países, o orçamento não é feito de forma inercial. Precisamos verificar o que se obteve com o que se gastou", acrescentou.

Levy destacou que a missão da OCDE representa um passo importante no processo de consolidação das relações com o Brasil e que a organização entende o desenvolvimento econômico de maneira ampla, que envolve inúmeros aspectos das políticas públicas, como educação, meio ambiente e saúde. "Isso para o Brasil é muito importante", avaliou.

Segundo o ministro, o Tribunal de Contas da União tem desenvolvido parceria com a OCDE, o que ele avalia como positivo.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse nesta terça-feira, 22, que o Brasil não pode ter a ilusão de que há formas "mágicas" ou "heterodoxas" para se chegar a um crescimento mais acelerado.

Em evento promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ), no Itamaraty, Levy destacou que o desafio do governo não é restaurar o passado, mas sim facilitar o futuro para a população.

"É importante estarmos muito antenados com o que está acontecendo no mundo e não apenas tentar reviver o passado", afirmou Levy. "As pessoas têm que ter confiança de que essa transição vai nos levar a uma economia mais aberta, dinâmica e vigorosa", acrescentou.

O ministro disse ainda que a economia brasileira tem que ter cada vez mais conteúdo tecnológico e que é preciso produtividade para ter crescimento sólido. "Não podemos viver só do cartão de crédito, gastando o colchão fiscal", reiterou.

Inflação

Levy ressaltou a necessidade de o Brasil ter uma agenda de crescimento e desenvolvimento que envolva alcançar o equilíbrio fiscal e uma inflação suficientemente baixa.

"Estamos em meio a um processo de ajuste macroeconômico, com uma inflação que começa a convergir para a meta depois de anos de desancoragem", acrescentou.

"Uma agenda de crescimento nem sempre se constitui de gestos fáceis. Temos que enfrentar problemas estruturais."

O ministro lembrou que tem desenvolvido com o Congresso Nacional propostas de reformas estruturais que impliquem simplificação dos impostos. "Diminuir custo dos impostos é fundamental para as empresas contratarem mais", afirmou.

De acordo ele, é preciso descobrir como aproveitar a inserção de um grande número de pessoas no mercado de trabalho, vista nos últimos anos, e transformar isso em aumento de produtividade.

Levy ressaltou ainda que é necessário voltar a dar foco a questões como a contratação e a qualidade de projetos de infraestrutura. "Você só tem obra dentro de orçamento se tem um orçamento e um projeto claros", completou.

OCDE

Entre os assuntos que serão discutidos com a OCDE está a qualidade do gasto no Brasil. O ministro disse que gastos como a Previdência Social têm sempre que ser avaliados.

Levy ressaltou que é importante rever os objetivos dos gastos e usar os recursos de maneira eficiente. "Em muitos países, o orçamento não é feito de forma inercial. Precisamos verificar o que se obteve com o que se gastou", acrescentou.

Levy destacou que a missão da OCDE representa um passo importante no processo de consolidação das relações com o Brasil e que a organização entende o desenvolvimento econômico de maneira ampla, que envolve inúmeros aspectos das políticas públicas, como educação, meio ambiente e saúde. "Isso para o Brasil é muito importante", avaliou.

Segundo o ministro, o Tribunal de Contas da União tem desenvolvido parceria com a OCDE, o que ele avalia como positivo.

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