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Teimosia do governo leva país a crescimento pífio

Resistência do governo Lula em flexibilizar a condução da economia foi chamada de teimosia por Paulo Skaf, presidente da Fiesp

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.

A realidade da economia brasileira em 2005 mostrou que a "teimosia" do governo Lula com a política monetária levou o país ao fracasso em termos de crescimento. "A realidade mostrou que há a necessidade de mudar a política monetária e ampliar o Conselho Monetário Nacional [CMN], porque não podemos não podemos ter o CMN nas mãos da Fazenda", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, nesta terça-feira (13/12). Questionado se a resistência a mudanças na política econômica sinaliza a premência de substituições nos ministérios, Skaf afirmou que "não se trata de mudança de ministro. Mas de acabar com a teimosia em uma política que não dá certo".

Ao lembrar que as previsões feitas pela Fiesp em 2004 de um crescimento inferior a 3% em 2005 foram tachadas de pessimistas, Skaf fez questão de salientar que a dupla juros altos e redução de investimentos públicos forçaram a disparidade do crescimento previsto para o Brasil em 2005 2,3% em relação à economia mundial 4,3%. "O ajuste necessário não se resume a baixar os juros e de ampliar a discussão no Conselho [Monetário Nacional] a respeito da política econômica. Também é preciso aumentar o investimento", diz o presidente da Fiesp. Desde os anos 80, o governo não destinava tão pouco dinheiro a novas obras e projetos. Segundo o Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, o governo federal investiu apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). "Qualquer aumento significativo exige incremento do setor privado", afirma Paulo Francini, economista da Fiesp.

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Para 2006, o departamento de economia da federação traçou dois cenários. Caso o governo mantenha o mesmo rigor no controle de gastos e dos juros, a Fiesp projeta um crescimento entre 2,5% e 3,5% no próximo ano abaixo do crescimento mundial de 4,3%, segundo o Fundo Monetário Internacional. Caso ocorram as alterações citadas por Skaf, a previsão é de um aumentod e 4,5% no PIB nos próximos 12 meses. "Espero que os ajustes sejam para que o Brasil deixe de crescer menos da metade da média mundial", afirmou Skaf.

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