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OMC pede concessões em agricultura para acalmar emergentes

"A responsabilidade está diretamente com a UE", diz representante de comércio dos Estados Unidos

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

As negociações coordenadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) chegaram a uma etapa crítica. É preciso chegar a acordo sobre a polêmica questão agrícola nas próximas duas semanas, a fim de que os esforços para recomeçar a Rodada de Doha até o final do ano sejam bem-sucedidos.

Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, apelou à União Européia (UE) e aos Estados Unidos a que façam concessões na área agrícola para que as negociações comerciais globais sejam retomadas. "Ambos precisam fazer esforços, essa é a questão que vai aplacar as preocupações de muitos países em desenvolvimento que desejam livre comércio", disse Lamy.

"Alguns falam em paralisação completa das negociações [deadlock in the talks]", disse Celso Amorim, ministro brasileiro de Relações Exteriores, ao diário americano The Wall Street Journal. "Eu prefiro falar em cadeado nas negociações [padlock], e a chave está nas mãos da UE."

Os comentários de Lamy e Amorim vieram depois que as conversações foram interrompidas ontem. O motivo foi a saraivada de críticas que a UE recebeu de parceiros comerciais por tentar proteger seus agricultores (ao mesmo tempo em que foi bombardeada pela França por ceder demais).

Dois dias de reunião em Genebra terminaram sem oferta de Peter Mandelson, comissário de comércio europeu, de corte de tarifas agrícolas. "A responsabilidade está diretamente com a UE", disse Rob Portman, representante de comércio americano.

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