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Moody's eleva rating do Uruguai a Baa1 com reformas estruturais e compromisso com fiscal

Taxas de crescimento sustentado estão mais elevadas do que no passado, apoiadas por um forte investimento

Montevidéu, capital do Uruguai (Patricia Hamilton/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 15 de março de 2024 às 19h09.

A Moody's Ratings anunciou, nesta sexta-feira, 15, que elevou os ratings de longo prazo e de títulos seniores não garantidos do Uruguai de Baa2 para Baa1, após as instituições fortes do país sul-americano apoiarem a implementação de reformas estruturais e o cumprimento contínuo dos parâmetros de política fiscal e monetária.

Essas circunstâncias, por sua vez, apontam para taxas de crescimento sustentado mais elevadas do que no passado, apoiadas por um forte investimento, disse a agência de avaliação de risco em relatório.

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A perspectiva para o rating foi alterada de estável para positiva. Os ratings para o teto da dívida do país em moeda local e estrangeira foram aumentados de A1 e A2 para Aa2 e Aa3, respectivamente.

Em particular, a Moody's avalia que um conjunto de reformas implementadas nos últimos anos fortalece os quadros de política fiscal e monetária. Uma tendência de investimento mais forte apoiará o desempenho do crescimento, facilitando a consolidação fiscal e estabilizando os indicadores da dívida do Uruguai nos próximos anos, avaliou a agência.

Grandes reservas fiscais e externas, bem como práticas muito sólidas de gestão de ativos e passivos, também endossam a classificação do rating do Uruguai. "Estas forças de crédito são equilibradas com um nível moderado de dívida pública, rigidez estrutural nas despesas do governo e uma porcentagem relativamente elevada, embora em declínio, da dívida pública em moeda estrangeira", ponderou a agência.

O endividamento do Uruguai diminuiu de 61% do PIB em 2021 para cerca de 57% em 2023, apoiado pelo cumprimento dos limites de despesa, bem como por um crescimento relativamente robusto, segundo a Moody's. A agência espera que a relação dívida/PIB se mantenha próximo dos níveis atuais e em linha com os pares no curto e médio prazo.

A inflação tem apresentado uma trajetória descendente, voltando para dentro da faixa do Banco Central de 3% a 6%. A Moody's acredita que a inflação permanecerá dentro da meta durante o resto do ano, parcialmente, em virtude das expectativas de inflação mais bem ancoradas.

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