Moody's eleva rating do Uruguai a Baa1 com reformas estruturais e compromisso com fiscal
Taxas de crescimento sustentado estão mais elevadas do que no passado, apoiadas por um forte investimento
Agência de notícias
Publicado em 15 de março de 2024 às 19h09.
A Moody's Ratings anunciou, nesta sexta-feira, 15, que elevou os ratings de longo prazo e de títulos seniores não garantidos do Uruguai de Baa2 para Baa1, após as instituições fortes do país sul-americano apoiarem a implementação de reformas estruturais e o cumprimento contínuo dos parâmetros de política fiscal e monetária.
Essas circunstâncias, por sua vez, apontam para taxas de crescimento sustentado mais elevadas do que no passado, apoiadas por um forte investimento, disse a agência de avaliação de risco em relatório.
A perspectiva para o rating foi alterada de estável para positiva. Os ratings para o teto da dívida do país em moeda local e estrangeira foram aumentados de A1 e A2 para Aa2 e Aa3, respectivamente.
Em particular, a Moody's avalia que um conjunto de reformas implementadas nos últimos anos fortalece os quadros de política fiscal e monetária. Uma tendência de investimento mais forte apoiará o desempenho do crescimento, facilitando a consolidação fiscal e estabilizando os indicadores da dívida do Uruguai nos próximos anos, avaliou a agência.
Grandes reservas fiscais e externas, bem como práticas muito sólidas de gestão de ativos e passivos, também endossam a classificação do rating do Uruguai. "Estas forças de crédito são equilibradas com um nível moderado de dívida pública, rigidez estrutural nas despesas do governo e uma porcentagem relativamente elevada, embora em declínio, da dívida pública em moeda estrangeira", ponderou a agência.
O endividamento do Uruguai diminuiu de 61% do PIB em 2021 para cerca de 57% em 2023, apoiado pelo cumprimento dos limites de despesa, bem como por um crescimento relativamente robusto, segundo a Moody's. A agência espera que a relação dívida/PIB se mantenha próximo dos níveis atuais e em linha com os pares no curto e médio prazo.
A inflação tem apresentado uma trajetória descendente, voltando para dentro da faixa do Banco Central de 3% a 6%. A Moody's acredita que a inflação permanecerá dentro da meta durante o resto do ano, parcialmente, em virtude das expectativas de inflação mais bem ancoradas.