Moody's prevê maior deterioração nos ativos da Caixa
Moody's: os tomadores de empréstimo de alto risco, especialmente do segmento de consumo, enfrentarão dificuldade maior para pagar suas dívidas
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 13h43.
São Paulo - A deterioração dos indicadores de qualidade de ativos da Caixa Econômica Federal se tornará mais pronunciada nos próximos meses, à medida que o crescimento dos empréstimos continuar diminuindo em meio ao enfraquecimento da atividade econômica e das condições do mercado de trabalho do Brasil, afirmou a agência de classificação de risco Moody's em relatório.
"Em seguida ao boom de crédito da Caixa, a qualidade dos ativos está sob significativa pressão da prolongada recessão econômica do Brasil", analisa a Moody's.
Segundo a agência, os tomadores de empréstimo de alto risco, especialmente do segmento de consumo, enfrentarão dificuldade maior para pagar suas dívidas, o que se somará à desaceleração dos empréstimos do banco.
"Embora as hipotecas de baixo risco e o crédito para folha de pagamentos correspondam a dois terços dos empréstimos da Caixa, a redução do desempenho de suas exposições mais arriscadas levará a mais aumentos na proporção de crédito inadimplente do banco, que em setembro de 2015 havia subido para 3,3%, o nível mais alto dos últimos cinco anos", acrescentou a Moody's.
De todo modo, avalia a agência, o banco continua com um grande estoque de ativos líquidos e seu status como principal banco estatal de poupança e empréstimos do Brasil dá a ele acesso a uma estável e ampla base de depositantes, o que fornece uma fonte firme de financiamento.
"Embora a Caixa tenha aumentado o uso de alternativas de financiamento no mercado para sustentar o crescimento dos empréstimos, a maior parte desse financiamento ainda sai de depósitos de baixo custo", diz o relatório.
A agência de risco colocou o rating Baa3 da Caixa em revisão para possível rebaixamento no dia 10 de dezembro, depois de fazer o mesmo com o rating soberano do Brasil.
São Paulo - A deterioração dos indicadores de qualidade de ativos da Caixa Econômica Federal se tornará mais pronunciada nos próximos meses, à medida que o crescimento dos empréstimos continuar diminuindo em meio ao enfraquecimento da atividade econômica e das condições do mercado de trabalho do Brasil, afirmou a agência de classificação de risco Moody's em relatório.
"Em seguida ao boom de crédito da Caixa, a qualidade dos ativos está sob significativa pressão da prolongada recessão econômica do Brasil", analisa a Moody's.
Segundo a agência, os tomadores de empréstimo de alto risco, especialmente do segmento de consumo, enfrentarão dificuldade maior para pagar suas dívidas, o que se somará à desaceleração dos empréstimos do banco.
"Embora as hipotecas de baixo risco e o crédito para folha de pagamentos correspondam a dois terços dos empréstimos da Caixa, a redução do desempenho de suas exposições mais arriscadas levará a mais aumentos na proporção de crédito inadimplente do banco, que em setembro de 2015 havia subido para 3,3%, o nível mais alto dos últimos cinco anos", acrescentou a Moody's.
De todo modo, avalia a agência, o banco continua com um grande estoque de ativos líquidos e seu status como principal banco estatal de poupança e empréstimos do Brasil dá a ele acesso a uma estável e ampla base de depositantes, o que fornece uma fonte firme de financiamento.
"Embora a Caixa tenha aumentado o uso de alternativas de financiamento no mercado para sustentar o crescimento dos empréstimos, a maior parte desse financiamento ainda sai de depósitos de baixo custo", diz o relatório.
A agência de risco colocou o rating Baa3 da Caixa em revisão para possível rebaixamento no dia 10 de dezembro, depois de fazer o mesmo com o rating soberano do Brasil.