Monteiro quer sinais positivos para encorajar investimentos
Após o país amargar um déficit comercial em 2014, as exportações se colocam como uma alternativa para a indústria neste ano
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 20h34.
Brasília - Diante do kit de más notícias para o setor produtivo, com aumento de impostos, juros mais altos, preços públicos caros e riscos no abastecimento de energia elétrica, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, propõe uma estratégia para evitar uma paralisia nos investimentos .
"É comunicar bem as medidas duras e, ao mesmo tempo, gerar iniciativas e dar alguns sinais para encorajar a retomada dos investimentos", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Um exemplo é o Plano Nacional de Exportação, ainda em elaboração, além de medidas de desburocratização tributária, mesmo que não representem a redução da carga de imediato e a retomada dos investimentos.
Monteiro, que teria nesta quarta-feira, 21, audiência com a presidente Dilma Rousseff, considera importante retomar as parcerias com o setor privado, agora coordenadas pelo Ministério do Planejamento.
"Estamos em meio a um conjunto de medidas impactantes: aumento de impostos, aumento de preços, tarifas", diz.
"Tudo isso terá efeito, não há dúvida nenhuma."
Mas, em discurso alinhado com Fazenda e Planejamento, avalia ser importante mostrar que haverá melhorias no médio prazo, com o reequilíbrio macroeconômico.
Esse conjunto de más notícias já era esperado pelo setor produtivo desde o ano passado, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
"Já tínhamos a noção de que esse seria um ano difícil", afirma. Para ele, a alta dos juros "piora muito" as condições de competitividade dos produtos brasileiros.
"É o pior dos mundos", afirma. O apagão de segunda-feira ainda não é visto com alarme por Andrade.
"Pode até ser uma oportunidade, porque o Brasil não fez os investimentos em energia elétrica que necessitava", diz.
"É hora de recuperar o tempo perdido."
Na visão de Andrade, o quadro só não é de todo desolador por causa da apreciação do dólar ante o real.
Após o país amargar um déficit comercial em 2014, as exportações se colocam como uma alternativa para a indústria neste ano. Essa visão é partilhada pelo governo.
Brasília - Diante do kit de más notícias para o setor produtivo, com aumento de impostos, juros mais altos, preços públicos caros e riscos no abastecimento de energia elétrica, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, propõe uma estratégia para evitar uma paralisia nos investimentos .
"É comunicar bem as medidas duras e, ao mesmo tempo, gerar iniciativas e dar alguns sinais para encorajar a retomada dos investimentos", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Um exemplo é o Plano Nacional de Exportação, ainda em elaboração, além de medidas de desburocratização tributária, mesmo que não representem a redução da carga de imediato e a retomada dos investimentos.
Monteiro, que teria nesta quarta-feira, 21, audiência com a presidente Dilma Rousseff, considera importante retomar as parcerias com o setor privado, agora coordenadas pelo Ministério do Planejamento.
"Estamos em meio a um conjunto de medidas impactantes: aumento de impostos, aumento de preços, tarifas", diz.
"Tudo isso terá efeito, não há dúvida nenhuma."
Mas, em discurso alinhado com Fazenda e Planejamento, avalia ser importante mostrar que haverá melhorias no médio prazo, com o reequilíbrio macroeconômico.
Esse conjunto de más notícias já era esperado pelo setor produtivo desde o ano passado, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
"Já tínhamos a noção de que esse seria um ano difícil", afirma. Para ele, a alta dos juros "piora muito" as condições de competitividade dos produtos brasileiros.
"É o pior dos mundos", afirma. O apagão de segunda-feira ainda não é visto com alarme por Andrade.
"Pode até ser uma oportunidade, porque o Brasil não fez os investimentos em energia elétrica que necessitava", diz.
"É hora de recuperar o tempo perdido."
Na visão de Andrade, o quadro só não é de todo desolador por causa da apreciação do dólar ante o real.
Após o país amargar um déficit comercial em 2014, as exportações se colocam como uma alternativa para a indústria neste ano. Essa visão é partilhada pelo governo.