Montadoras vão se adaptar, diz Anfavea
Para a associação, montadoras devem se adequar às exigências do governo para fugir do aumento do IPI
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2011 às 07h31.
São Paulo - Todas as montadoras instaladas no Brasil devem se adequar às exigências do governo para que fiquem isentas do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A afirmação foi feita pelo diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero.
"É de se imaginar que todas (as montadoras instaladas no Brasil) se enquadrem, que todas vão caminhar para a habilitação. Nenhuma vai querer dar mercado para o concorrente", afirmou. Segundo ele, a Anfavea participou das negociações da medida junto com o governo.
O diretor da Anfavea disse que a medida anunciada pelo governo ainda não é a nova política industrial do setor. "Essa medida é uma parte do programa. É a primeira fase para se preparar um programa efetivo de competitividade, inovação e tecnologia para a indústria automotiva nacional. Esse é um processo que terá continuidade."
Cantero minimizou o fato de o governo ter sinalizado inicialmente em reduzir o IPI para quem investisse em inovação e em conteúdo nacional, mas, no fim, ter decido aumentar o imposto para quem não atender às exigências, atingindo os importadores.
Carros importados do Mercosul e do México, regiões com as quais o Brasil mantém acordo de livre comércio, não serão afetados, já que são trazidos ao Brasil por montadoras que têm fábricas aqui. De acordo com Cantero, cerca de 50% dos veículos importados pelas montadoras instaladas no Brasil vêm da Argentina ou do México.
Apoio
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aprovou o aumento do IPI para carros importados. Em nota, a entidade afirmou que "são positivas e necessárias todas as medidas que contribuam para o fortalecimento da indústria brasileira, a geração de empregos no País e o desenvolvimento tecnológico nacional."
A entidade ressaltou que a decisão do governo demonstra a preocupação da equipe econômica com o "grave momento enfrentado pela indústria brasileira". Para a Fiesp, o cenário vem sendo desfavorável por causa "do real sobrevalorizado, dos juros elevados e a consequente perda de competitividade do setor produtivo nacional".
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo também considerou positivo o aumento do IPI. Em nota assinada pelo presidente Miguel Torres, a entidade avalia que a decisão do governo vai "frear a avalanche de componentes e de veículos importados, que estão prejudicando a indústria nacional e os empregos".
Apesar do apoio, o sindicato classificou a medida como "insuficiente", porque esperava a cobrança de contrapartidas sociais e ambientais das empresas, como a redução no ritmo das demissões, piso salarial único e redução da jornada de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Todas as montadoras instaladas no Brasil devem se adequar às exigências do governo para que fiquem isentas do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A afirmação foi feita pelo diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero.
"É de se imaginar que todas (as montadoras instaladas no Brasil) se enquadrem, que todas vão caminhar para a habilitação. Nenhuma vai querer dar mercado para o concorrente", afirmou. Segundo ele, a Anfavea participou das negociações da medida junto com o governo.
O diretor da Anfavea disse que a medida anunciada pelo governo ainda não é a nova política industrial do setor. "Essa medida é uma parte do programa. É a primeira fase para se preparar um programa efetivo de competitividade, inovação e tecnologia para a indústria automotiva nacional. Esse é um processo que terá continuidade."
Cantero minimizou o fato de o governo ter sinalizado inicialmente em reduzir o IPI para quem investisse em inovação e em conteúdo nacional, mas, no fim, ter decido aumentar o imposto para quem não atender às exigências, atingindo os importadores.
Carros importados do Mercosul e do México, regiões com as quais o Brasil mantém acordo de livre comércio, não serão afetados, já que são trazidos ao Brasil por montadoras que têm fábricas aqui. De acordo com Cantero, cerca de 50% dos veículos importados pelas montadoras instaladas no Brasil vêm da Argentina ou do México.
Apoio
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aprovou o aumento do IPI para carros importados. Em nota, a entidade afirmou que "são positivas e necessárias todas as medidas que contribuam para o fortalecimento da indústria brasileira, a geração de empregos no País e o desenvolvimento tecnológico nacional."
A entidade ressaltou que a decisão do governo demonstra a preocupação da equipe econômica com o "grave momento enfrentado pela indústria brasileira". Para a Fiesp, o cenário vem sendo desfavorável por causa "do real sobrevalorizado, dos juros elevados e a consequente perda de competitividade do setor produtivo nacional".
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo também considerou positivo o aumento do IPI. Em nota assinada pelo presidente Miguel Torres, a entidade avalia que a decisão do governo vai "frear a avalanche de componentes e de veículos importados, que estão prejudicando a indústria nacional e os empregos".
Apesar do apoio, o sindicato classificou a medida como "insuficiente", porque esperava a cobrança de contrapartidas sociais e ambientais das empresas, como a redução no ritmo das demissões, piso salarial único e redução da jornada de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.