Momento é difícil e remédio é amargo, diz Itaú Unibanco

São Paulo - O momento que o Brasil atravessa é difícil e complexo e o remédio para sair dessa situação é amargo, de acordo com o presidente do Itaú Unibanco , Roberto Setubal .

Neste cenário, o país caminha para fazer a lição de casa, segundo ele, e a economia deve começar a apresentar melhora ao longo da segunda metade deste ano e em 2016.

"Estamos passando por uma fase complicada. O remédio é amargo e não tem o que fazer. Tomado o remédio, os efeitos colaterais e reais passarão a existir", avaliou Setubal, em evento de premiação, em São Paulo. "Acredito que já vamos ver economia melhorando um pouco ao longo do segundo semestre e um ano moderado em 2016", acrescentou.

Na visão de Setubal, o ano está sendo particularmente difícil para o mundo financeiro por conta de crédito e inadimplência.

Os bancos têm aumentado o gasto com calotes devido à piora do risco corporativo no Brasil em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que apura denúncias de cartel e corrupção na Petrobras.

No entanto, o Itaú tem apresentado resultado razoável, conforme Setubal, por conta das medidas que tomou desde 2011, quando passou a priorizar segmentos de menor risco.

Como consequência, controlou os calotes, cuja melhoria na qualidade de ativos têm se renovado a cada trimestre, e elevou seu retorno. No primeiro trimestre, o lucro líquido do Itaú foi a R$ 5,733 bilhões, 29,7% maior que o visto em mesmo intervalo do ano passado, de R$ 4,419 bilhões.

Segundo Setubal, o Brasil está no caminho de fazer a lição de casa para as coisas melhorarem. "Sou otimista e acredito no Brasil. As coisas vão melhorar", destacou o presidente do Itaú Unibanco.

Mais cedo, em entrevista ao Broadcast, o executivo disse que corte de R$ 69,9 bilhões anunciado pelo governo na semana passada foi importante. "Foi um corte importante. O governo está na direção certa", resumiu ele.

2. Itaú Unibanco

2 /11(Dado Galdieri/Bloomberg)

3. Bradesco

3 /11(Adriano Machado/Bloomberg News)

4. Banco do Brasil

4 /11(Adriano Machado)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 2,78 bilhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ 2,70 bilhões
Variação: 2,96%

5. Santander

5 /11(Luísa Melo/Exame.com)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 1,31 bilhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ 1,33 bilhões
Variação: -1,50%

6. BTG Pactual

6 /11(Gustavo Kahil/EXAME.com)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 803,7 milhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ 616,9 milhões
Variação: 30,28%

7. Banco ABC do Brasil

7 /11(Divulgação/ABC do Brasil)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 77,9 milhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ 67,3 milhões
Variação: 17,8%

8. Daycoval

8 /11(Reprodução)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 51,8 milhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ 41,2 milhões
Variação: 25,72%

9. Finansinos

9 /11(Marcos Santos/USP Imagens)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ 479.000
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ -27.000
Variação: Não se aplica

10. Banco Pan

10 /11(Divulgação)

Lucro consolidado 3º trimestre 2014: R$ -69,6 milhões
Lucro consolidado 3º trimestre 2013: R$ -20,5 milhões
Variação: 239,51%

11. Agora, veja 10 números que explicam o lucro do Banco Itaú

11 /11(Luísa Melo/Exame.com)

Banco registrou receita com serviços de R$ 6,5 bilhões