Economia

Modelo atual do ICMS tem uma série de disfunções, diz Appy

Citando estimativas informais, Appy afirmou que a guerra fiscal gerada pelo ICMS resulta em uma perda de arrecadação de quase R$ 50 bilhões para os Estados


	Reais: "A guerra fiscal é um problema de eficiência econômica, sim. O principal problema do ICMS é a cobrança no Estado de origem", diz Bernard Appy
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Reais: "A guerra fiscal é um problema de eficiência econômica, sim. O principal problema do ICMS é a cobrança no Estado de origem", diz Bernard Appy (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 16h11.

Guarujá - O diretor de políticas públicas e tributação da LCA Consultores, Bernard Appy, comentou nesta quinta-feira, 17, que o modelo atual de incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tem uma série de disfunções que afeta a eficiência da economia, prejudica as exportações e tem um efeito muito negativo sobre a arrecadação dos Estados.

"A guerra fiscal é um problema de eficiência econômica, sim. O principal problema do ICMS é a cobrança no Estado de origem. Do ponto de vista da relação custo/benefício, é uma forma extremamente ineficiente de fazer política de desenvolvimento regional", comentou durante o seminário "ICMS e o futuro dos Estados", realizado pela Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo, pela FGV e pelo Estadão no Guarujá (SP).

Citando estimativas informais, Appy afirmou que a guerra fiscal gerada pelo ICMS resulta em uma perda de arrecadação de quase R$ 50 bilhões para os Estados.

Além disso, quase 50% dos benefícios fiscais são consumidos com custos adicionais de logística. "A guerra fiscal não explora as vocações locais, é o oposto. Nós temos uma estrutura industrial mal alocada no País, com um monte de caminhão rodando à toa", comentou.

Appy explicou que o ICMS tem uma profusão de alíquotas em todo o Brasil, enquanto um bom modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) tem apenas uma alíquota. O fato de o ICMS tributar a produção, e não o consumo, é um dos grandes problemas desse imposto.

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