Economia

Ministro interino da Fazenda também vê queda na inflação

De outro lado, o ministro interino destacou que as medidas de desoneração adotadas pelo governo podem ter colaborado para garantir a inflação


	Nelson Barbosa: segundo Barbosa, um dos motivos da pressão nos preços foi a quebra da safra agrícola na América do Norte.
 (Antonio Cruz/ABr)

Nelson Barbosa: segundo Barbosa, um dos motivos da pressão nos preços foi a quebra da safra agrícola na América do Norte. (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 12h57.

Brasília – O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje (11) que a inflação deve manter a trajetória de queda em 2013. “A tendência é de queda na inflação. O nosso diagnóstico é o mesmo do Banco Central. Acho que a inflação mais uma vez, no ano passado, ficou dentro do intervalo estabelecido pelo governo e a expectativa para 2013 é que continue caindo, se aproximando mais do centro da meta”, comentou.

O comentário de Barbosa faz referência à nota divulgada ontem (10) pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na qual avalia que a inflação mostra resistência em curto prazo, mas que as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013.

Barbosa comentou também o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no qual a inflação acelerou em dezembro e fechou o ano de 2012 em 5,84%. Embora esteja dentro do limite de tolerância (até 6,5%), o resultado ficou acima do centro da meta estipulado pelo governo de 4,5%. O indicador, usado como referência para a inflação oficial, foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Barbosa, um dos motivos da pressão nos preços foi a quebra da safra agrícola na América do Norte, que puxou para cima o preço dos grãos e derivados, inclusive o preço da carne.

De outro lado, o ministro interino destacou que as medidas de desoneração adotadas pelo governo podem ter colaborado para garantir a inflação no intervalo estabelecido. Para ele, o impacto tributário das ações do governo teve resultado neutro ou favorável sobre a evolução do índice inflacionário e o resultado do IPCA.

“Houve desonerações de IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] para automóveis e bens de consumo duráveis, desoneração da Cide [Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico], o que contribuiu para evolução mais favorável da inflação”, comentou.

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