Economia

Ministro descarta falta de recursos do FGTS para habitação

Segundo Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, a liberação dos saques do fundo não impactou as linhas de crédito para compra de imóveis

Habitação: os recursos disponíveis eram suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco (Reprodução/Agência Brasil)

Habitação: os recursos disponíveis eram suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco (Reprodução/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2017 às 13h04.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse hoje (10) que não faltam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar projetos habitacionais.

Segundo ele, a liberação dos saques das contas inativas do fundo não impactou as linhas de crédito para compra de imóveis nem os recursos para construção de novas unidades.

"Não temos tido falta de recursos para financiar habitação em nenhuma vertente. Houve uma questão do orçamento do pró-cotista, que se esgotou. Nós já fizemos um remanejamento", destacou após palestra no congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Na semana passada, a Caixa Econômica Federal suspendeu o financiamento da linha Pró-Cotista, que destina recursos para a aquisição de imóveis com juros menores a pessoas que têm conta vinculada ao FGTS.

De acordo com o banco, os recursos disponíveis eram suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco.

Nesta semana, a instituição informou que voltaria a receber propostas de financiamento da linha Pró-Cotista na terça-feira (9).

Oliveira negou que a falta de dinheiro tenha relação com os saques das contas inativas do fundo. "Nós fizemos todas as simulações", disse o ministro sobre como foi feito um planejamento para evitar que a liberação das retiradas interferisse no crédito habitacional.

De acordo com o ministro, estão sendo feitos remanejamentos dos recursos do fundo destinados para outras áreas para garantir os financiamentos relacionados à moradia.

"Nós temos excesso de orçamento do FGTS em várias áreas que não estão performando. Na própria área de infraestrutura e saneamento, por exemplo, está sobrando recurso. A gente vai administrar o orçamento, mas não faltará recurso de modo algum para área de habitação", ressaltou.

Saques

Os saques nas contas inativas do FGTS já somaram R$ 16,6 bilhões, segundo balanço da Caixa Econômica. De acordo com o banco, 85% dos 10,6 milhões de trabalhadores que têm direito ao saque e fazem aniversário entre janeiro e maio já acessaram os recursos, disponibilizados em dois lotes até agora.

Na próxima sexta-feira (12), quando começa a próxima fase do programa, os valores estarão disponíveis para os nascidos nos meses de junho, julho e agosto. Nesse terceiro lote, 7,6 milhões de trabalhadores poderão sacar cerca de R$ 10,8 bilhões.

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