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Ministérios são “provocados” a investir, diz Mantega

Segundo Mantega, o objetivo do governo é fazer a economia crescer 4,5% em 2012

O ministro voltou a mostrar preocupação com a crise mundial que, segundo ele, continuará, em 2012, a trazer turbulências (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 15h02.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse hoje (7) que os ministérios estão sendo “provocados” a realizar investimentos. Ainda segundo ele, para cumprir o superávit primário de 3% este ano, não serão necessários cortes em investimentos. Para as estatais, a responsabilidade é fazer, segundo o ministro, investimentos de mais de R$ 100 bilhões em 2012, sendo a Petrobras e a Eletrobras as principais dessas empresas.

“A Petrobras, no ano passado, foi a empresa de petróleo que mais investiu, em todo o mundo [R$ 43 bilhões]. Queremos fazer mais [chegar a R$ 50 bilhões]. Nem sempre a indústria é capaz de dar conta dessas demandas, mas no ano passado foi o de maior investimento de sua história”, disse o ministro durante apresentação do balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Segundo Mantega, o objetivo do governo é fazer a economia crescer 4,5% em 2012. Se esse crescimento for alcançado, será um resultado bem melhor que o de 2011 quando o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 2,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mantega lamentou que 2011 tenha sido um ano difícil devido à crise e à guerra cambial com vários países desvalorizando artificialmente as moedas para tornar seus produtos mais competitivos no mercado externo.

“Nós tivemos uma agudização da guerra cambial, com vários países manipulando as moedas para que o câmbio desvalorizado barateasse suas mercadorias”, disse.


De acordo com o ministro, mesmo sendo um ano complicado em termos econômicos, o Brasil tomou várias ações para controlar a inflação e manter o real em um patamar que não prejudicasse a economia brasileira. O ministro lembrou que, no segundo semestre de 2011, foi possível melhorar a situação cambial ao manter o dólar acima de R$ 1,70. Mantega ressaltou que o governo não tem um patamar para o valor do dólar, mas quanto mais o real estiver desvalorizado, melhor será para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

“A indústria manufatureira brasileira sofre com dificuldades para exportar e com as importações com preços baixos que subtraem parte do nosso mercado”, destacou o ministro. Ele advertiu, porém, que o governo continuará com ações na área cambial.

Mantega citou ainda o volume de reservas internacionais como outra arma para enfrentar a crise. Ele destacou que mais de US$ 60 bilhões foram acrescidos às reservas no ano passado, com o volume total chegando a US$ 350 bilhões. Para ele, o Brasil passa dessa forma a ser um país sólido e “calçado” em reservas. “Assim, é difícil imaginar algum ataque especulativo cambial em relação ao Brasil.”

O ministro voltou a mostrar preocupação com a crise mundial que, segundo ele, continuará, em 2012, a trazer turbulências. Mantega destacou ainda que as dificuldades deste ano levarão o governo a se empenhar mais em enfrentar a crise. “Entre os desafios, estão o aumento dos investimentos públicos e privados. Eles são importantes para que em 2012 a taxa de crescimento seja maior do que em 2011”, disse. Nesse sentido, a equipe econômica espera que em 2014 os investimentos atinjam 24% do PIB.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse hoje (7) que os ministérios estão sendo “provocados” a realizar investimentos. Ainda segundo ele, para cumprir o superávit primário de 3% este ano, não serão necessários cortes em investimentos. Para as estatais, a responsabilidade é fazer, segundo o ministro, investimentos de mais de R$ 100 bilhões em 2012, sendo a Petrobras e a Eletrobras as principais dessas empresas.

“A Petrobras, no ano passado, foi a empresa de petróleo que mais investiu, em todo o mundo [R$ 43 bilhões]. Queremos fazer mais [chegar a R$ 50 bilhões]. Nem sempre a indústria é capaz de dar conta dessas demandas, mas no ano passado foi o de maior investimento de sua história”, disse o ministro durante apresentação do balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Segundo Mantega, o objetivo do governo é fazer a economia crescer 4,5% em 2012. Se esse crescimento for alcançado, será um resultado bem melhor que o de 2011 quando o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 2,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mantega lamentou que 2011 tenha sido um ano difícil devido à crise e à guerra cambial com vários países desvalorizando artificialmente as moedas para tornar seus produtos mais competitivos no mercado externo.

“Nós tivemos uma agudização da guerra cambial, com vários países manipulando as moedas para que o câmbio desvalorizado barateasse suas mercadorias”, disse.


De acordo com o ministro, mesmo sendo um ano complicado em termos econômicos, o Brasil tomou várias ações para controlar a inflação e manter o real em um patamar que não prejudicasse a economia brasileira. O ministro lembrou que, no segundo semestre de 2011, foi possível melhorar a situação cambial ao manter o dólar acima de R$ 1,70. Mantega ressaltou que o governo não tem um patamar para o valor do dólar, mas quanto mais o real estiver desvalorizado, melhor será para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

“A indústria manufatureira brasileira sofre com dificuldades para exportar e com as importações com preços baixos que subtraem parte do nosso mercado”, destacou o ministro. Ele advertiu, porém, que o governo continuará com ações na área cambial.

Mantega citou ainda o volume de reservas internacionais como outra arma para enfrentar a crise. Ele destacou que mais de US$ 60 bilhões foram acrescidos às reservas no ano passado, com o volume total chegando a US$ 350 bilhões. Para ele, o Brasil passa dessa forma a ser um país sólido e “calçado” em reservas. “Assim, é difícil imaginar algum ataque especulativo cambial em relação ao Brasil.”

O ministro voltou a mostrar preocupação com a crise mundial que, segundo ele, continuará, em 2012, a trazer turbulências. Mantega destacou ainda que as dificuldades deste ano levarão o governo a se empenhar mais em enfrentar a crise. “Entre os desafios, estão o aumento dos investimentos públicos e privados. Eles são importantes para que em 2012 a taxa de crescimento seja maior do que em 2011”, disse. Nesse sentido, a equipe econômica espera que em 2014 os investimentos atinjam 24% do PIB.

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