Carteira de trabalho digital: expectativa do governo é gerar quase 2 milhões de postos de trabalho em 2023 (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 28 de novembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 08h53.
O Ministério do Trabalho divulgará os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro nesta terça-feira, 28. O ministro Luiz Marinho antecipou ne segunda-feira, 27, que o país criou quase 1,8 milhão de empregos nos 10 primeiros meses do ano. Entretanto, ele não detalhou o resultado do mês.
Como mostrou a EXAME, em setembro a economia brasileira criou 211,764 mil postos de trabalho com carteira assinada , uma queda de 23,83% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram geradas 278 mil vagas. Em agosto deste ano, foram gerados 219 mil vagas, segundo dados revisados.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 1.599.918 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 2.179.740 postos formais.
Os dados do Caged são um instrumento para o controle e a organização do mercado de trabalho brasileiro. Com ele, é possível monitorar a geração de empregos e elaborar políticas públicas para fomentar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. É utilizado, também, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada.
Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal ou informal, além do número de desalentados. Por conta disso, os resultados não são comparáveis.