Economia

Ministério do Planejamento divulga nota para justificar queda do PIB

São Paulo, 28 de agosto (Portal EXAME) Na avaliação da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, as quedas consecutivas do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e segundo semestre não sinalizam recessão: refletem os ajustes monetário e fiscal que o governo foi obrigado a implementar para debelar os choques adversos ocorridos em 2002 e conter […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

São Paulo, 28 de agosto (Portal EXAME) Na avaliação da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, as quedas consecutivas do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e segundo semestre não sinalizam recessão: refletem os ajustes monetário e fiscal que o governo foi obrigado a implementar para debelar os choques adversos ocorridos em 2002 e conter as expectativas inflacionários dos agentes econômicos.

A análise consta de nota técnica divulgada pela Assessoria Econômica do ministério. Na avaliação da assessoria, após os cortes da Selic, taxa básica de juros, o nível de atividade já reagiu e há indicadores de que a flexibilidade da política macroeconômica a partir de julho já vem viabilizando o reaquecimento da produção e do consumo.

De acordo com a nota: Desde julho, os níveis dos estoques indesejados, na indústria paulista, já começaram a diminuir; a produção de papelão ondulado para embalagem, um dos termômetros de recuperação do nível de atividade, nas quatro primeiras semanas de agosto, cresceu 8%; e a utilização de capacidade das indústrias de papel e papelão, química e têxtil do estado de São Paulo atingiu 88%, 84% e 83,5%, respectivamente.

Leia a nota na íntegra:

O PIB a preços de mercado, no primeiro semestre de 2003, cresceu 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal resultado implica taxa de crescimento acumulada do produto de 1,6% nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2003.

A variação de 0,3% no PIB semestral foi determinada pelo crescimento de 5,7% da agropecuária, de 0,4% dos serviços e pela queda de 0,5% da indústria. Dentre os subsetores da indústria, a construção civil foi o único que apresentou queda (-6,5%). Os serviços industriais de utilidade pública, a extrativa mineral e a de transformação apresentaram crescimentos de 2,2%, 1,9% e 0,8%, respectivamente. Sob a ótica da despesa, o crescimento do produto explica-se pela expansão de 25,3% das exportações de bens e serviços, de 0,3% do consumo do governo e pelas quedas dos investimentos, das importações e do consumo das famílias de 5,4%, 5,3% e 4,7%, respectivamente.

Os resultados do PIB no segundo trimestre de 2003 em relação ao mesmo período do ano anterior e ao primeiro trimestre do corrente ano de 1,4% e 1,6%, refletem os ajustes monetário e fiscal que o governo foi obrigado a implementar para debelar os choques adversos ocorridos em 2002 e conter as expectativas inflacionárias dos agentes econômicos.

A firmeza na condução da política econômica resultou em melhoria significativa de todos os fundamentos macroeconômicos, permitindo reversão gradual das políticas contracionistas desde junho último. Políticas monetária e fiscal mais expansionistas e inflação cadente começam a se fazer sentir pela elevação do poder de compra dos salários e aumento das vendas.

Desde julho os níveis dos estoques indesejados, na indústria paulista, já começaram a diminuir; a produção de papelão ondulado para embalagem, um dos termômetros de recuperação do nível de atividade, nas quatro primeiras semanas de agosto, cresceu 8%; e a utilização de capacidade das indústrias de papel e papelão, química e têxtil do Estado de S. Paulo atingiu 88%, 84% e 83,5%, respectivamente.

Tais indicadores apontam para a recuperação do nível de atividade a partir do terceiro trimestre e aceleração da produção industrial e das vendas do comércio no último trimestre do ano."

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