De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano recuou de 7,20% para 6,30% (LightRocket/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 11h23.
Última atualização em 15 de setembro de 2022 às 11h40.
O Ministério da Economia revisou para baixo sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano recuou de 7,20% para 6,30%.
Para 2023, entretanto, a projeção seguiu em 4,50%, bem abaixo da projeção do mercado. "A partir de 2024, espera-se convergência da inflação (IPCA) para a meta de 3,00%", avaliou a SPE.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 6 40% em 2022 e de 5,17% em 2023.
Todas as projeções para a inflação em 2022 seguem bem acima do centro da meta deste ano, de 3,50%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2,00% a 5,00%).
No caso de 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (1,75% a 4,75%).
O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — utilizado para a correção do salário-mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano caiu de 7,41% para 6,54%. Para 2023, a projeção continuou em 4,86%.
Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2022 passou de 11,51% para 9,44%. Para o próximo ano, a projeção continuou em 4,55%.
Acompanhando os diversos agentes econômicos, o Ministério da Economia voltou a aumentar seu otimismo para a alta do produto interno bruto (PIB) em 2022. A pasta, no entanto, manteve as premissas para atividade no próximo ano em um nível bem superior ao do mercado.
De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2022 passou de 2,00% para 2,70%. A projeção anterior havia sido elevada no relatório de julho.
De acordo com o Boletim Macrofiscal, o aumento na projeção para a atividade econômica em 2022 se deve principalmente ao resultado do segundo trimestre do PIB, superior ao estimado e à tendência positiva dos indicadores já divulgados para o terceiro semestre.
"O crescimento da atividade é reflexo do aumento do emprego, do desempenho do setor de serviços e da elevação da taxa de investimento", afirmou o Ministério da Economia.
O ministério manteve as estimativas de crescimento da economia de 2023, 2024, 2025 e 2026: todas em 2,50%.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 2,39% para o PIB de 2022. Para 2023, a estimativa no Focus é de alta de apenas 0 50%. As estimativas de mercado para os anos de 2024 e 2025 estão em 1,80% e 2,00%, respectivamente.
Veja também:
Vendas do varejo caem 0,8% em julho ante junho, mostra IBGE
Fitch eleva projeção de PIB do Brasil em 2022 para 2,5% e reduz para 2023 a 0,8%