Economia

Economia melhora estimativas para 2020 ao prever PIB com recuo de 4,5%

Em suas projeções anteriores, a pasta havia incorporado um tombo de 4,98% para o PIB

Ministério da Economia: A expectativa passou a ser de déficit primário do governo central de 844,3 bilhões de reais, ou 11,7% do PIB, contra 880,5 bilhões de reais, ou 12,3% do PIB, antes (Pilar Olivares/Reuters)

Ministério da Economia: A expectativa passou a ser de déficit primário do governo central de 844,3 bilhões de reais, ou 11,7% do PIB, contra 880,5 bilhões de reais, ou 12,3% do PIB, antes (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 12h00.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 13h34.

O Ministério da Economia atualizou nesta terça-feira suas estimativas fiscais para 2020, melhorando os números após passar a considerar uma retração da economia de 4,5% este ano.

Em suas projeções anteriores, de 30 de outubro, a pasta havia incorporado um tombo de 4,98% para o PIB, extraído do boletim Focus. Agora, utilizou parâmetros internos do ministério, divulgados na semana passada pela Secretaria de Política Econômica.

A expectativa passou a ser de déficit primário do governo central de 844,3 bilhões de reais, ou 11,7% do PIB, contra 880,5 bilhões de reais, ou 12,3% do PIB, antes.

Para o setor público consolidado, o governo prevê agora um rombo primário de 856,7 bilhões de reais, equivalente a 11,9% do PIB. Anteriormente, o déficit havia sido calculado em 905,4 bilhões de reais, ou 12,7% do PIB.

A dívida bruta deve encerrar o ano em 94,4% do PIB (96,0% antes), e a dívida líquida em 66,5% do PIB (68,2% antes).

Ainda que estejam menores, todos os números são recordes e refletem o forte desequilíbrio das contas públicas brasileiras, situação exponencialmente agravada neste ano em função dos vultosos gastos do governo com o enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Em participação em comissão do Congresso onde apresentou os números, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, reafirmou que o teto de gastos é "superâncora fiscal" e uma "referência importantíssima para seguirmos no caminho do equilíbrio", razão pela qual o governo defende sua manutenção na íntegra.

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