Economia

Microcréditos chegam à maior favela de São Paulo

Os microemprendedores contarão com orientação financeira e caixas automáticos em agência do Santander


	Paraisópolis: chegada do Santander à favela, que fica ao lado do luxuoso bairro do Morumbi, segue experiência das filiais que banco já tem no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro
 (Wikimedia Commons)

Paraisópolis: chegada do Santander à favela, que fica ao lado do luxuoso bairro do Morumbi, segue experiência das filiais que banco já tem no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 17h51.

São Paulo - Os microcréditos chegaram nesta quinta-feira a Paraisópolis, a maior favela de São Paulo, onde o banco Santander pretende conceder cerca de US$ 10 milhões para esta linha de financiamento nos próximos três anos.

É a primeira agência que a entidade abre na comunidade, que possui cerca de cem mil habitantes. Os microemprendedores contarão com orientação financeira e caixas automáticos.

"A abertura do posto de atendimento em Paraisópolis reforça nosso compromisso de contribuir com o desenvolvimento social da população brasileira", disse o vice-presidente executivo da rede comercial de Santander Brasil, Pedro Coutinho, na inauguração.

A chegada da entidade a esta favela, que fica ao lado do luxuoso bairro do Morumbi, segue a experiência das filiais que o banco já tem no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

"Fomos o primeiro banco que entrou no Alemão antes da pacificação", destacou Coutinho, ao lembrar que nesta comunidade tiveram "uma experiência fantástica" em que a entidade "aprendeu muito e que são esses conhecimentos que estamos aplicando agora em Paraisópolis".

No mesmo prédio do banco foi inaugurado o Espaço Digital Santander Universidades, uma sala com 15 computadores com acesso a internet, nos quais os alunos da ONG local "Escola do Povo" poderão desenvolver suas atividades, e serão financiados dois mil cursos de espanhol e inglêsà distância.

Segundo o diretor de Santander Universidades no Brasil, Jamil Hannouche, 50 mil pessoas por ano farão uso destas ferramentas, o que servirá "não só para apoiar o desenvolvimento, mas também para transformar a realidade das pessoas".

Grande parte dos moradores das favelas brasileiras carece de acesso aos recursos mais básicos, de contas bancárias e relação alguma com entidades financeiras, "o que tem se mostrado um nicho de mercado considerável em um país em desenvolvimento como o Brasil", explicou o presidente.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasFavelasFinançasSantander

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos