Economia

México entra em recessão no primeiro semestre, em revés para López Obrador

A economia mexicana contraiu 0,1% durante o primeiro e o segundo trimestres de 2019

México: a confiança dos investidores foi abalada após várias mudanças feitas por López Obrador (Carlos Jasso/Reuters)

México: a confiança dos investidores foi abalada após várias mudanças feitas por López Obrador (Carlos Jasso/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 13h51.

Cidade do México — A economia do México entrou em recessão moderada durante o primeiro semestre de 2019 e ficou estável no terceiro trimestre, segundo dados revisados da agência nacional de estatística do país divulgados nesta segunda-feira, em um revés aos planos do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Os números atualizados mostraram que a economia mexicana contraiu 0,1% na comparação trimestral em termos ajustados sazonalmente durante o primeiro e o segundo trimestres de 2019, depois de também encolher pela mesma margem nos últimos três meses do ano passado.

Uma recessão é geralmente definida pelos economistas como dois trimestres consecutivos de contração no Produto Interno Bruto (PIB) de um país.

Em uma estimativa preliminar publicada no final de outubro, a agência informou que a economia cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior durante o período de julho a setembro. No entanto, esse número foi revisado para mostrar que a economia estagnou.

Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs, disse em nota a clientes que o banco agora prevê que não seja registrado crescimento no México em 2019, depois de alta de 2% no ano passado.

No ano que vem, a economia deve se recuperar um pouco, expandindo 1,1%, impulsionada por vários fatores, incluindo a recuperação da produção de petróleo e gás, a construção mais forte, ganhos salariais e aumento nos gastos do setor público, disse ele.

A confiança dos investidores no México, a segunda maior economia da América Latina, foi abalada por várias mudanças feitas por López Obrador, um expoente do nacionalismo econômico.

O veterano esquerdista assumiu o cargo em dezembro de 2018, comprometendo-se a aumentar o crescimento para 4% ao ano. Em vez disso, a economia desacelerou, e ele tentou evitar as críticas dizendo que as partes mais pobres do México se beneficiaram mais de suas políticas.

Acompanhe tudo sobre:MéxicoRecessão

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor