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Meta de inflação ‘verdadeira’ é de 5,5%, afirma consultoria

De acordo com a consultoria A.C. Pastore & Associados, a meta de inflação no Brasil não é mais de 4,5%, mas de 5,5%

Inflação: a sugestão dada pela combinação da estabilidade das expectativas de inflação junto com manutenção da Selic em 7,25% é de que o BC "estaria satisfeito" com uma inflação de 5,5% (USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A meta de inflação no Brasil não é mais de 4,5%, mas de 5,5%. Essa é a conclusão de um trabalho elaborado pela consultoria A.C. Pastore & Associados, do economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore, feito com base nas expectativas do próprio mercado financeiro.

"Como o teto do intervalo contendo a meta continua sendo de 6,5%, a banda para acomodação de choques é de apenas um ponto porcentual para cima da ‘meta informal’ de 5,5%", afirma um trecho do relatório.

O trabalho nota que, nos últimos anos, ocorreram oscilações frequentes da inflação iguais ou maiores do que um ponto porcentual em relação à meta. Por isso, argumenta que "cresceu a probabilidade" de a inflação superar o teto da meta. "Para um Banco Central que vem perdendo credibilidade, esta não é uma boa notícia", diz o texto.

Apesar dessa conclusão, a A.C. Pastore ressalta que "não há, diante dessa sinalização, a acusação de que o Banco Central teria abandonado o controle da inflação". "Mas há uma clara indicação de que as autoridades abandonaram a meta de 4,5%, passando a perseguir uma meta mais elevada."

Para a consultoria, a sugestão dada pela combinação da estabilidade das expectativas de inflação junto com manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano por um extenso período é de que o BC "estaria satisfeito" com uma inflação de 5,5%.

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"Como o teto do intervalo contendo a meta continua sendo de 6,5%, a banda para acomodação de choques é de apenas um ponto porcentual para cima da ‘meta informal’ de 5,5%", afirma um trecho do relatório.

O trabalho nota que, nos últimos anos, ocorreram oscilações frequentes da inflação iguais ou maiores do que um ponto porcentual em relação à meta. Por isso, argumenta que "cresceu a probabilidade" de a inflação superar o teto da meta. "Para um Banco Central que vem perdendo credibilidade, esta não é uma boa notícia", diz o texto.

Apesar dessa conclusão, a A.C. Pastore ressalta que "não há, diante dessa sinalização, a acusação de que o Banco Central teria abandonado o controle da inflação". "Mas há uma clara indicação de que as autoridades abandonaram a meta de 4,5%, passando a perseguir uma meta mais elevada."

Para a consultoria, a sugestão dada pela combinação da estabilidade das expectativas de inflação junto com manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano por um extenso período é de que o BC "estaria satisfeito" com uma inflação de 5,5%.

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